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Metrô do Recife volta a operar após suspensão de greve

Metroviários decidiram suspender a paralisação por um período de 30 dias após assembleia realizada na quarta (5)

Estação Central do Recife, em São José, teve atividades retomadas após a suspensão da greve dos metroviáriosEstação Central do Recife, em São José, teve atividades retomadas após a suspensão da greve dos metroviários - Foto: Davi de Queiroz/Folha de Pernambuco

A manhã desta quinta-feira (6) ficou marcada pelo retorno das atividades do Metrô do Recife após a suspensão da greve dos metroviários por um período de 30 dias. 

Depois de três dias de transtornos, os usuários voltaram a utilizar as 37 estações que compõem o sistema metroviário do Recife, Camaragibe e Jaboatão dos Guararapes.

Durante o período em que as linhas estavam sem funcionar, muitos trabalhadores precisaram usar outros tipos de transporte, como ônibus, carros e motos de aplicativo.

Foi o caso, por exemplo, de Gerson Vicente, bombeiro que mora em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife. Na última segunda-feira (3), ele foi surpreendido pela paralisação e precisou se reorganizar para conseguir chegar até o trabalho.

“Há dois dias eu cheguei e simplesmente fui surpreendido com a estação fechada. Com isso eu tive que voltar para casa, me organizar para ir de pegar um Uber”, conta.

Para o bombeiro, o metrô serve como uma forma de economizar o tempo de trajeto.

“Eu costumo ir de metrô, porque facilita, é mais rápido, é mais prático. Tendo que pegar o carro e ir para BR-232 [...] fica bem mais complicado. Então eu acabo perdendo, por exemplo, duas horas. No metrô não, metrô é 40 minutos. Eu chego no trabalho menos cansado, então é um serviço público essencial para a qualidade de vida do usuário”, comenta.

Quem também se prejudicou foram as pessoas que trabalham próximo à Estação Central do Recife, no bairro de São José, como o ambulante Aristóteles Oliveira.

“O metrô não pode parar porque a gente precisa trabalhar e não prejudica só os ambulantes que ficam por perto, [mas também] atrapalha os ambulantes de todas as ruas da cidade.”

  • Fluxo de passageiros na entrada da Estação Central do Recife, em São José. Foto: Davi de Queiroz/Folha de Pernambuco
    Fluxo de passageiros na entrada da Estação Central do Recife, em São José. Foto: Davi de Queiroz/Folha de Pernambuco
  • Passageiros desembarcam na Estação Central do Recife após o retorno das atividades do metrô. Foto: Davi de Queiroz/Folha de Pernambuco
    Passageiros desembarcam na Estação Central do Recife após o retorno das atividades do metrô. Foto: Davi de Queiroz/Folha de Pernambuco
  • Gerson Vicente foi prejudicado pela paralisação do Metrô do Recife. Foto: Davi de Queiroz/Folha de Pernambuco
    Gerson Vicente foi prejudicado pela paralisação do Metrô do Recife. Foto: Davi de Queiroz/Folha de Pernambuco
  • Aristóteles Oliveira trabalha como vendedor ambulante próximo à Estação Central do Recife e também sofreu com a paralisação do serviço. Foto: Davi de Queiroz/Folha de Pernambuco
    Aristóteles Oliveira trabalha como vendedor ambulante próximo à Estação Central do Recife e também sofreu com a paralisação do serviço. Foto: Davi de Queiroz/Folha de Pernambuco

Suspensão
A suspensão da greve foi oficializada na noite dessa quarta-feira (5), após a realização de uma assembleia geral promovida pelo Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE).

A decisão dos metroviários está baseada na conciliação ocorrida, na última terça-feira (4), orientada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6) junto à Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).

A concessionária terá um prazo de 30 dias para estabelecer novas ações orçamentárias junto ao Ministério das Cidades, o órgão supervisor da gestão, e da Casa Civil da Presidência da República, responsável pelas ações orçamentárias. 

Caso as demandas não  sejam seguidas, a categoria pode parar novamente o sistema porque permanece em estado de greve mesmo com o encerramento da paralisação.

Além disso, o Sindmetro-PE apresentou um plano emergencial que deve ser apresentado ao governo federal, com objetivos voltados à recuperação e segurança do sistema metroviário.   

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