Sáb, 13 de Dezembro

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Civis e soldados americanos morrem em emboscada na Síria

Comitiva americana estava no país para uma "missão de apoio às operações de contraterrorismo em curso contra o EI na região"

O secretário de Defesa dos EUA, Pete HegsethO secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth - Foto: JIM WATSON/AFP

Um civil e dois soldados americanos foram mortos neste sábado (13) na Síria, em uma "emboscada de um francoatirador" do grupo jihadista Estado Islâmico, (EI) anunciou o comando militar dos Estados Unidos para o Oriente Médio, o Centcom, em comunicado.

Outros três soldados americanos atacaram feridos neste ataque, informou o Centcom, que acrescentou que o atirador foi abatido.

O porta-voz do Pentágono, Sean Parnell, detalhou na rede X que a vítima civil era um intérprete americano.

Segundo a agência oficial da Síria Sana, os disparos foram efetuados contra a delegação durante uma visita à região desértica de Palmira, na Síria.

O contingente americano estava em Palmira, confirmou Parnell, para uma “missão de apoio às operações de contraterrorismo em curso contra o EI na região”.

O Ministério do Interior da Síria afirmou que havia anunciado uma coalizão liderada pelos Estados Unidos sobre uma possível incursão de combatentes do EI.

"Houve advertências prévias do comando de segurança interna às forças aliadas na região desértica", disse o porta-voz do ministério, Anwar al Baba, em entrevista na televisão estatal.

Mas “as forças da coalizão internacional não levaram em consideração as advertências sírias sobre a possibilidade de infiltração do EI”, acrescentou.

O presidente Donald Trump disse que os Estados Unidos vão retaliar pela morte de um civil e dois soldados americanos no centro da Síria em um ataque de um suposto membro do Estado Islâmico.

“Vamos retaliar”, disse Trump aos jornalistas diante da Casa Branca. Pouco depois, acrescentou na sua plataforma Truth Social que o presidente sírio, Ahmed al Sharaa, estava “extremamente irritado e perplexo com este ataque”.

O secretário de Defesa americano Pete Hegseth classificou o autor do ataque de "selvagem" e fez uma advertência: "Se vocês tiverem americanos como alvo -- em qualquer lugar do mundo --, passarão o resto de suas vidas breves e estressantes que os Estados Unidos irão persegui-los, encontrá-los e matá-los sem piedade".

A identidade dos soldados mortos, bem como as unidades que lhes foram entregues, não será revelada dentro de 24 horas, o tempo necessário para informar os familiares, declarou Sean Parnell.

“Atualmente, o ataque está a ser objeto de uma investigação”, acrescentou.

Este é o primeiro ataque desse tipo relatado desde que uma coalizão islamista assumiu o poder na Síria há um ano e se mudou dos Estados Unidos.

“Vários membros das forças americanas ficaram feridos, assim como dois membros das forças de segurança sírias”, enquanto realizavam “uma patrulha conjunta”, informou a agência Sana anteriormente.

O grupo jihadista Estado Islâmico controlava a região de Palmira antes de ser derrotado na Síria por uma coalizão internacional em 2019.

Apesar da derrota, seus combatentes, que se refugiaram no vasto deserto sírio, continuaram realizando ataques esporádicos.

Durante a visita do presidente interino da Síria, Ahmed al Sharaa, a Washington no mês passado, Damasco aderiu à coalizão internacional antijihadista liderada pelos Estados Unidos.

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