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CARREIRA

Novo secretário de Segurança do Rio investigou de banqueiros a traficantes

Depois de comandar a PF no Distrito Federal Victor, Cesar voltou para o Rio e se aposentou há pouco mais de dois meses

O governador Claudio Castro se reuniu hoje com o novo secretário de SegurançaO governador Claudio Castro se reuniu hoje com o novo secretário de Segurança - Foto: Divulgação

Advogado, o novo secretário de Segurança do Rio, Victor Cesar Carvalho dos Santos, entrou na Polícia Federal desde 1999, como delegado. No início da carreira, prendeu uma quadrilha que atuava no Tráfico Internacional de Mulheres para Israel. Ele também cumpriu mandados de busca e apreensão nas residências do banqueiro Alberto Salvatori Cacciola e do economista Chico Lopes, onde foram arrecadados documentos e indícios que comprovavam a “ajuda fraudulenta” do Banco Central ao Banco Marka.

Na maior parte da vida profissional, foi lotado no Rio, onde participou de uma série de operações de contra o crime organizado. Entre 1999 e 20023, na Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) da PF, coordenou as ações de inteligência da operação que desarticulou a quadrilha de Ernaldo Pinto de Medeiros, o “Uê”; considerado na época um dos maiores traficantes do país.

Na DRE também participou da prisão de nomes como: o Marco Antônio da Silva Tavares, o “Marquinho Niterói”, Sandro Mendonça do Nascimento, o “Sandrinho Beira-Mar” (gerente geral de cocaína de Luiz Fernando da Costa) e Júlio Cesar Cordeiro Gomes, na época responsáveis por cerca de 60% dos entorpecentes e armamentos distribuídos às favelas e morros do Rio.

Na PF, prisão de Rogério Andrade
Em 2006, ele integrou uma operação que prendeu o contraventor Rogério Andrade bem como a apreendeu um pen drive contendo toda a contabilidade pessoal que indicava que o bicheiro corrompia autoridades do Rio. Em 2009, foi coordenador Operacional das “Operações Nocaute e Trilha Albis” quando 55 pessoas acusadas da compra e venda de drogas sintéticas foram presas. Em sua maioria, os acusados viviam na Zona Sul.

O novo secretário também foi um dos coordenadores da “Operação Platina”, que prendeu o traficante internacional Alexander Pareja Garcia e mais sete integrantes da sua organização. Nessa operação foram apreendidos R$ 100 milhões, 92 contas bancárias foram bloqueadas e 30 apartamentos sequestrados em Miami.

Novo secretário participou do planejamento de grandes eventos
O delegado também participou do planejamento da segurança da PF em grandes eventos tais como: Jogos Mundiais Militares (2011); Sorteio das Eliminatórias da Copa do Mundo (2011), Rio + 20 (2012), Jornada Mundial da Juventude (2013).

Um dos últimos cargos que ocupou foi a chefia da Superintendência da PF no Distrito Federal de outubro de 2021 a fevereiro de 2023. Exonerado, voltou para o Rio, onde esteve lotado na Divisão de Repressão a Crimes contra o Meio Ambiente e Patrimônio Histórico, até se aposentar em setembro.

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