Sáb, 06 de Dezembro

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SAÚDE

Pernambuco: Hemope realiza primeiro tratamento de eritrocitaférese pelo SUS

Ação pioneira contribui para a redução das crises dolorosas, melhora a oxigenação dos tecidos e ajuda a prevenir complicações graves, como acidentes vasculares cerebrais (AVCs)

Primeira eritrocitaférese feita pelo SUS em Pernambuco foi realizada Hospital de Hematologia da Fundação HemopePrimeira eritrocitaférese feita pelo SUS em Pernambuco foi realizada Hospital de Hematologia da Fundação Hemope - Foto: Divulgação / Hemope

O Hospital de Hematologia da Fundação Hemope realizou, na quinta-feira (10), o primeiro procedimento de eritrocitaférese ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em Pernambuco. 

A ação é pioneira e promove o tratamento da doença falciforme — condição hereditária que afeta a forma e a função das hemácias (glóbulos vermelhos) do sangue.

Eritrocitaférese
A eritrocitaférese é capaz de remover as hemácias deformadas do paciente enquanto transfunde, simultaneamente, hemácias saudáveis obtidas por meio da doação de sangue. 

Automatizado e seguro, o procedimento contribui para a redução das crises dolorosas, melhora a oxigenação dos tecidos e ajuda a prevenir complicações graves, como acidentes vasculares cerebrais (AVCs).

A diretora de Hematologia do Hemope, Aureli Machado, explica que a doença falciforme é identificada ainda na infância, por meio do teste do pezinho.

“As hemácias em forma de foice se rompem com facilidade, causando anemia, infecções frequentes, dificuldades de crescimento e crises intensas de dor. Em casos mais graves, pode haver até AVC”, ressaltou.

O primeiro paciente submetido ao novo procedimento foi um adolescente de 16 anos que já havia sofrido um acidente vascular cerebral.

A diretora-presidente do Hemope, Raquel Santana, reforça que o a eritrocitoférise retira as hemácias doentes através de uma máquina semelhante à hemodiálise.

"A eritrocitoférise é um procedimento que retira hemácias doentes dos pacientes com anemia falciforme, se aglomeram e promovem o AVC, a dor articular e possivelmente a deformidade. A maquina de aférese se assemelha ao equipamento de hemodiálise, filtrando o sangue, as hemácias ruins e repondo hemácias boas de doadores. Não é para todo paciente, existe a indicação correta, que a equipe de hematologia propõe de forma adequada. Isso é mais um arsenal terapêutico, uma arma temos para lutar e dar qualidade de vida para esses pacientes", reforçou.

A gestora pontua que a disponibilidade do tratamento é uma importante conquista para os usuários da rede estadual de saúde.

"Enquanto o Hemope, a gente está muito feliz, a hematologia, a diretoria de hematologia, a equipe de plasmoférios. E que se empenhou bravamente para essa conquista, com o apoio da Secretaria de Saúde. Então hoje realmente é um dia de alegria, é um dia de comemoração, por a gente estar podendo oferecer um novo tratamento para esses pacientes", concluiu.

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