Sáb, 06 de Dezembro

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INVESTIGAÇÃO

Polícia desarticula quadrilha por homicídio, tráfico, corrupção e lavagem de dinheiro

Operação está sendo realizada em Pernambuco, Paraíba e Alagoas

Operação está sendo cumprida nesta quarta (24)Operação está sendo cumprida nesta quarta (24) - Foto: Divulgação

Durante a execução da operação policial denominada como "Venatores", a Polícia Civil de Pernambuco desarticulou uma quadrilha criminosa voltada à prática de homicídio, tráfico de drogas, corrupção passiva e lavagem de dinheiro, durante esta quarta-feira (24). É a 60ª operação de repressão qualificada da corporação, somente neste ano.

Estão sendo cumpridos 20 mandados de prisão, 15 mandados de busca, apreensão domiciliar e bloqueio judicial de ativos financeiros, todos expedidos pela 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital. As ordens são cumpridas no Recife, Jaboatão dos Guararapes, São Lourenço da Mata, Cabo de Santo Abreu e Lima Agostinho, na Região Metropolitana do Recife, além de João Pessoa (PB) e Maceió (AL).

A "Venatores" conta com presidência dos delegados Caio Wagner e Cley Anderson, respectivamente, titular e adjunto da 3ª Delegacia de Polícia de Homicídios (3ª DPH), unidade que integra o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP). Estão sendo empregados 120 policiais civis, entre delegados, agentes e escrivães. O helicóptero do Grupamento Tático Aéreo (GTA) também ajudou nas buscas.

Foram apreendidas sete armas de fogo, 268 munições, 14 aparelhos celulares, quatro veículos de luxo, R$ 48 mil reais em espécie, documentos e equipamentos eletrônicos. Todo material passará por análise policial.

Segundo o delegado Caio Wagner, a quadrilha atuava nos bairros do Ibura, Dois Carneiros e Três Carneiros, no Recife. Até o momento, 16 pessoas estão presas. Três delas já se encontravam no sistema prisional.

“A maioria esmagadora dos homicídios que acontecem na Região Metropolitana do Recife é oriunda dessa guerra do tráfico. Infelizmente, o comércio ilícito de entorpecentes não tem outro caminho. Ele é a mola propulsora dos homicídios”, detalha.

Ainda de acordo com o delegado, as investigações começaram em maio de 2024. Naquela época, a polícia chegou ao entendimento de que conseguia alcançar a maioria dos executores dos homicídios, mas não chegava aos mandantes ou operadores financeiros das quadrilhas.

“Então, por isso que montamos essa operação para que conseguíssemos dar um ‘baque’, não somente nos executores, mas também naquelas pessoas que movimentavam o dinheiro ilícito que fomentava o tráfico de drogas, os jogos na cidade e toda atividade criminal dessas organizações criminosas nas nossas comunidades”, complementa.

Descapitalizar
Caio Wagner revela que um dos propósitos da ORQ foi de descapitalizar essa quadrilha criminosa. Segundo o delegado, um dos investigados movimentou, em pouco tempo, mais de R$ 3 milhões.

“São valores expressivos com pessoas que não têm condições de ter essa movimentação financeira nas contas, já que não são empresários, comerciantes, não têm CNPJ registrado, não trabalham ou sequer possuem carteira assinada. Eles alegam que esse dinheiro teria vindo de jogos de aposta e bolsa de valores. Tentaram disfarçar esse ganho de capital ilícito empregando em bens e móveis, mas nós conseguimos captar”, finaliza ele.

Com informações da assessoria 

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