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ESTADOS UNIDOS

Professor é afastado após simular leilão de escravos durante aula nos EUA

Educador também teria insultado um aluno, que fez a denúncia à direção da escola

Fachada da Margaret Neary Elementary School, onde professora foi afastada após ser acusada de racismo Fachada da Margaret Neary Elementary School, onde professora foi afastada após ser acusada de racismo  - Foto: Reprodução

Um professor da 5ª série do ensino fundamental foi afastado de suas atividades depois de uma série de incidentes ocorridos em suas aulas, incluindo a simulação de um leilão de escravos. O educador, que não teve a identidade revelada, também teria insultado um aluno, que fez a denúncia à direção da escola.

O caso ocorreu na escola primária Margaret A Neary, que, agora, investiga as circunstâncias do ocorrido. Segundo o canal de TV Western Mass News, o superintendente Gregory Martineau disse que foi alertado sobre os incidentes em abril, mas que o suposto leilão teria ocorrido em janeiro, durante uma aula de história, sobre o “comércio histórico de pessoas escravizadas através do Atlântico”.

“O educador pediu a duas crianças negras sentadas em frente à sala que se levantassem, e o educador e a turma discutiram os atributos físicos [dentes e força]”, escreveu Martineau em um comunicado sobre os incidentes. “Simulações ou dramatizações ao ensinar sobre atrocidades históricas ou traumas não são apropriadas, e estes métodos de ensino não devem ser usados”, afirmou.

Em abril, o professor usou um termo preconceituoso enquanto lia um livro em voz alta para os alunos. A palavra, no entanto, nem sequer constava no texto original do livro e "não era uma parte apropriada para um currículo da quinta série", segundo Martineau.

“Palavras desumanizantes, como calúnias, não devem ser ditas por funcionários ou estudantes”, afirmou o superintendente. “Usar tais palavras pode prejudicar os alunos e impactar negativamente uma discussão aberta sobre um determinado tópico.”

 

O professor denunciado ainda retaliou o aluno que fez as denúncias, tratando o aluno de forma "inadequada", o que Martineau classificou como uma resposta "inaceitável".

Além do afastamento e da investigação contra o professor, a diretora da escola, Kathleen Valenti, também foi colocada em licença por dez dias.

“Peço desculpas pelos eventos que ocorreram nas Escolas Públicas de Southborough. Reconheço que houve erros neste processo que complicaram ainda mais a situação”, disse Martineau, completando que, em resposta ao incidente, o distrito escolar criará um “plano de desenvolvimento profissional centrado em uma pedagogia culturalmente competente, que será implementado no outono”.

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