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PREMIAÇÃO

Programa "Alepe Acolhe" vence prêmio nacional do Conselho Nacional de Justiça

Iniciativa é reconhecida por capacitar jovens de casas de acolhimento para estágios e inserção no mercado de trabalho; premiação acontece nesta quarta (18)

Jovens sendo orientados no Programa Alepe AcolheJovens sendo orientados no Programa Alepe Acolhe - Foto: Alepe/Divulgação

O programa "Alepe Acolhe", desenvolvido pela Assembleia Legislativa de Pernambuco, venceu o 4º Prêmio Prioridade Absoluta, promovido pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A entrega do prêmio acontece nesta quarta-feira (18), na sede do CNJ, em Brasília.

A iniciativa social da Alepe oferece estágio remunerado a jovens em processo de adoção que vivem em abrigos de Pernambuco

A premiação do CNJ é concedida a atividades voltadas à promoção, valorização e o respeito de jovens e adolescentes. A Alepe foi contemplada no eixo temático Medidas Protetivas na categoria Legislativo. 

O "Alepe Acolhe", coordenado pelo Departamento de Projetos Sociais da Assembleia, é uma parceria com o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE).

Elane Barbosa, de 17 anos, residente da Casa Madalena, instituição de acolhimento no Recife, teve sua vida transformada ao ser selecionada para o programa. Após seu estágio e a intermediação do Legislativo, Elane conseguiu uma vaga como jovem aprendiz no setor administrativo.

Natural de Buenos Aires, interior do Estado, a jovem passou a viver na Casa Madalena em 2020, junto com sua irmã Alana, de 18 anos.

 "Foi uma experiência única e rica em oportunidades participar do projeto. Entrei na Assembleia sem saber de quase nada. Aprendi a socializar, ser gentil com as pessoas, falar em público, lidar com documentos e usar o computador. Durante o estágio, passamos por vários setores da Casa e isso foi muito importante. Estou aplicando no meu novo emprego o que aprendi na Alepe. Isso é transformador", relatou Elane.

O projeto
As turmas do "Alepe Acolhe" são formadas por adolescentes atendidos por entidades que abrigam jovens com histórico de abandono, orfandade ou perda do poder familiar por decisão judicial, conforme cadastro do TJPE. 

Para participar do programa, os jovens devem preencher alguns requisitos: ser indicados pela 2ª Vara da Infância e Adolescência, estar inscritos no Sistema Nacional de Adoção, matriculados em escolas e residentes de casas de acolhimento.

Criado em 2019, o "Alepe Acolhe" já beneficiou 39 jovens com estágios na Assembleia. A capacitação é remunerada com R$ 600 e tem duração de seis meses, podendo ser renovada pelo mesmo período.

Podem participar jovens entre 16 e 17 anos e seis meses. Em fevereiro do próximo ano, o programa receberá sua 4ª turma, oferecendo 16 vagas.

De acordo com a gestora do programa, Cristiane Alves, a iniciativa tem levado esperança aos adolescentes que aguardam adoção em casas de acolhimento.

 "Essa é uma ação transformadora. Um dos objetivos do programa é auxiliar os jovens para a vida adulta, pois ao completarem 18 anos eles precisam deixar os abrigos e muitos não têm para onde ir", informou.

Segundo Cristiane, o projeto promove a capacitação e preparação desses jovens para o mercado de trabalho, além de resgatar a cidadania e a autoestima. 

"Esse prêmio do CNJ demonstra que a Alepe está atenta às questões sociais, principalmente relacionadas à população jovem que precisa de apoio para construir o futuro", enfatizou.
 
Para o presidente da Alepe, deputado Álvaro Porto (PSDB), apoiar causas que promovam justiça social e possibilitem a transformação de vidas deve ser papel primordial do Poder Legislativo. 

"Esse prêmio do CNJ é motivo de alegria e aplauso para toda a equipe do projeto liderado pelas servidoras Cristiane Alves e Norma Sueli. O 'Alepe Acolhe' é uma iniciativa que conecta a Assembleia diretamente com a sociedade, proporcionando aos jovens cidadania por meio do conhecimento, orientação profissional e preparação para a vida", finaliza Porto.

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