Noite no Pátio de São Pedro marca reestreia do Terça Negra de Carnaval; veja agenda
Evento terá mais duas apresentações antes do Carnaval
A reestreia da edição especial de Carnaval do Terça Negra aconteceu na noite desta terça-feira (11), no Pátio de São Pedro, no Centro do Recife. Em parceria com o Movimento Negro Unificado (MNU) e com apoio da Prefeitura do Recife, o evento realizou sua primeira edição especial para o Carnaval de 2025.
O evento desta noite trouxe a agremiação Maracatu Leão da Campina, que abriu o evento. Na sequência, o grupo Gryô, Lamento Negro, Bione e Afoxé Ogbom Obá completaram as apresentações da primeira noite.
Nas próximas duas terças-feiras (18 e 25 deste mês), as apresentações especiais para o Carnaval seguem até o início dos festejos - confira o infográfico da programação completa abaixo.
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"Estamos realizando mais de 40 prévias no Recife até o dia 26 de fevereiro, que marca o início oficial do Carnaval. E essa terça-feira é muito especial, pois é o resgate e a valorização de toda a música afro e da ancestralidade que Recife carrega, com uma infinidade de linguagens. Temos maracatu, afoxé e muito mais", destacou Mile Megale, secretária de Cultura do Recife.
"É muito importante que as pessoas conheçam, entendam e apreciem os grupos afro e toda essa musicalidade presente em Recife, especialmente no Pátio de São Pedro, que é um lugar emblemático onde essa cultura se encontra e se fortalece. O Carnaval de Recife é democrático, é de rua, é de cada canto da cidade", afirmou ela, lembrando que, no mesmo dia, aconteceu ensaios dos maracatus, como o Tumaraca, no Pina.
"O Carnaval é isso: ritmo, música, ancestralidade, e a cultura viva nas ruas o tempo inteiro", concluiu.
"Resistência é o que a gente pensa e faz desde 2000. A Terça Negra tem sido um espaço essencial para a propagação da música negra em Pernambuco. E a edição especial de carnaval é o momento de celebrar esses 27 anos de resistência. A Terça Negra não é só um evento cultural, é também um projeto político e religioso, focado na luta contra o racismo e a intolerância religiosa, além de promover o letramento racial", ressaltou Demir da Hora, representante e porta-voz do Movimento Negro Unificado (MNU).
Surgido no final dos anos 90 no Pagode do Didi, o projeto só foi acontecer no Pátio de São Pedro em 2001, tornando-se parte do calendário cultural oficial da cidade.


