Reunião virtual cansa mais do que a presencial? Estudo com exames neurológicos reponde
Pesquisa austríaca realizou exames cardíacos em 35 estudantes universitários após uma palestra de 50 minutos de duração
Após a pandemia de Covid-19, o aumento das reuniões virtuais e interações pelas telas, deram espaço para um novo problema social: o cansaço causado pelas videochamadas, lives e outros modelos de conferências virtuais que os especialistas chamaram de “fadiga do zoom”, em referência a um dos programas de conversas virtuais.
O fenômeno, entretanto, realmente existe segundo uma pesquisa realizada por pesquisadores da Áustria. Eles comprovaram que reuniões virtuais deixam as pessoas mais fadigadas do que se tivessem em uma sala de reunião presencial.
A pesquisa realizou exames neurológicos e cardíacos em 35 estudantes universitários após uma palestra de 50 minutos de duração. Enquanto um grupo estava em uma sala de aula convencional, o outro estava em uma videoconferência. Os especialistas realizaram eletroencefalogramas (EEG) e eletrocardiogramas (ECG).
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Esta exaustão, caracterizada por uma sensação de cansaço e vídeos longos em casa, só tinha sido investigada anteriormente através de inquéritos e autoavaliações, porém nunca feito com diagnóstico médico.
Os resultados mostraram que uma palestra de 50 minutos baseada em videoconferência exauriu significativamente mais os participantes do estudo do que uma palestra de mesma duração na palestra tradicional.
“É importante compreender melhor o cansaço das videoconferências, pois este fenômeno tem um impacto de longo alcance no bem-estar dos indivíduos, nas relações interpessoais e na comunicação organizacional”, explica o autor principal da pesquisa, René Riedl da Universidade de Ciências Aplicadas da Alta Áustria.

