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TJPE lança campanha "Criança Não Separa Amor" para combater alienação parental em crianças e jovens

Ação visa a conscientizar a população sobre os impactos emocionais da alienação parental

Alienação parental é alvo de campanha do TJPEAlienação parental é alvo de campanha do TJPE - Foto: Bruno Campos/Arquivo Folha

Para marcar o Dia Internacional de Combate à Alienação Parental, nesta sexta-feira (25), o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) deu início à campanha “Criança Não Separa Amor” em parceria com shoppings de todo o estado. 

A ação é resultado do primeiro convênio firmado entre o tribunal e a Associação Pernambucana de Shopping Centers (Apesce), com o objetivo de conscientizar a população sobre os impactos emocionais da alienação parental na vida de crianças e adolescentes.

Nos centros comerciais, a campanha está sendo divulgada nas mídias internas, como TVs, totens digitais e terminais de autoatendimento. 

No Shopping Tacaruna, ainda haverá uma ação presencial nesta sexta, com o lançamento da campanha às 9h30, contando com a presença do desembargador Humberto Vasconcelos, coordenador estadual da Família do TJPE, e da superintendente do shopping. 

Das 12h às 20h, uma equipe da Coordenadoria Estadual da Família (Cefam) estará disponível para orientar o público e distribuir materiais informativos.

"Essas ações nos shoppings marcam não só o início da parceria com a Apesce e os shoppings, mas reforçam o compromisso da Cefam para estimular a conscientização da sociedade sobre os prejuízos trazidos pela alienação parental a toda família", especifica a secretária da Cefam, Lara Brasileiro.

A alienação parental é caracterizada por comportamentos de um dos responsáveis legais da criança que dificultam ou impedem o contato e o afeto entre o menor e o outro genitor.

Entre os sinais estão a recusa sem justificativa da convivência, a reprodução de discursos negativos por parte da criança e o descumprimento de acordos legais de guarda e visitas.

A psicóloga Marcella Pedroza, da Cefam, destaca que esse tipo de conflito pode levar a sentimentos como culpa, insegurança, baixa autoestima, além de impactos psicológicos mais graves como depressão e transtornos de ansiedade. 

“Podemos exemplificar alguns comportamentos, que, quando ocorrem de forma sistemática e contínua, podem caracterizar atos de alienação, como o descumprimento dos horários de convivência, o não compartilhamento de informações relevantes sobre a criança (como atividades escolares, consultas médicas, campeonatos esportivos), atribuição de adjetivos ofensivos ao outro genitor, dentre tantos outros”, cita.

A campanha também busca orientar sobre os caminhos legais e psicossociais de enfrentamento ao problema. A população pode procurar ajuda na Defensoria Pública, Núcleos de Prática Jurídica de faculdades de Direito, serviços psicológicos vinculados à Rede de Saúde da Família ou clínicas-escola de Psicologia.

Na próxima terça-feira (29), às 15h, será formalizada a parceria entre TJPE e Apesce com a assinatura do termo de convênio, em cerimônia no Palácio da Justiça, no bairro de Santo Antônio, no Centro do Recife. 

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