Todos os militares retidos nos protestos indígenas do Equador foram libertados, diz ministro
Desde 22 de setembro, grupos indígenas bloqueiam estradas com troncos, pedras e pneus em protesto contra a eliminação dos subsídios ao diesel, o que elevou o preço do diesel em 56%, um golpe para a economia rural
O ministro da Defesa do Equador, Gian Carlo Loffredo, anunciou nesta quarta-feira (1º) a libertação dos 16 militares retidos durante protestos indígenas contra o governo.
Desde 22 de setembro, grupos indígenas bloqueiam estradas com troncos, pedras e pneus em protesto contra a eliminação dos subsídios ao diesel, o que elevou o preço do diesel em 56%, um golpe para a economia rural.
O governo informou que 17 soldados foram "sequestrados" e, na terça-feira, o Exército anunciou a libertação de quatro deles. Mas o Ministério da Defesa informou à AFP que apenas um havia sido recuperado na segunda-feira.
Leia também
• Secretário-geral da ONU pede respeito aos direitos humanos em protestos no Equador
• Indígenas iniciam greve nacional no Equador e escalam crise política
• Tribunal suspende referendo de Noboa para instalar Constituinte
"Ontem (terça-feira), tarde da noite, eles foram recuperados, foram entregues", disse Loffredo em entrevista a uma emissora de rádio. "Estamos realizando uma análise médica para determinar o estado de saúde deles", acrescentou.
Os militares foram detidos no domingo em meio a violentos confrontos com manifestantes, nos quais um indígena morreu.
O presidente Daniel Noboa afirma que entre os manifestantes há infiltrados de máfias como a gangue venezuelana Tren de Aragua, embora não tenha detalhado essa acusação.
O aumento dos preços dos combustíveis levou a violentos protestos indígenas durante os governos dos presidentes Lenín Moreno e Guillermo Lasso em 2019 e 2022, respectivamente.

