Vice-presidente da Colômbia denuncia ameaças de morte
A vice-presidente manifestou seu incômodo com a presença no gabinete de pessoas que considera corruptas e distantes do seu projeto progressista
A vice-presidente da Colômbia, Francia Márquez, distanciada do governo, disse nesta quinta-feira que ela e sua família receberam ameaças de morte, depois que ela denunciou casos de corrupção.
Leia também
• Trabalhadores da saúde pública protestam na Argentina contra cortes de Milei
• Orsi assume como presidente e Uruguai volta à esquerda com vários desafios
Francia foi uma das funcionárias mais críticas do presidente Gustavo Petro no último dia 4, quando ele transmitiu ao vivo um conselho de ministros.
A vice-presidente manifestou seu incômodo com a presença no gabinete de pessoas que considera corruptas e distantes do seu projeto progressista.
"Hoje minha vida corre risco. Denunciar a corrupção e apontar o que vai mal tem consequências", declarou. "Por ter dito essas verdades, tentam, e continuarão tentando, envolver-me em escândalos e manobras políticas que buscam apenas manchar a minha imagem", acrescentou.
A vice-presidente critica a chegada à cúpula do governo de Armando Benedetti, um ex-congressista aliado da direita e ex-diplomata que ajudou Petro a alcançar a Presidência.
Investigado por corrupção e denunciado por violência de gênero, Benedetti tomou posse hoje como ministro do Interior.
Outros funcionários se uniram às críticas de Francia, mas Petro respondeu pedindo a demissão de todo o gabinete, incluindo a de Francia, que deixou hoje o cargo de ministra da Igualdade, que também ocupava.
A vice-presidente colombiana iniciou sua vida política após uma longa trajetória como ativista e defensora ambiental no departamento do Cauca. Em 2023, já na vice-presidência, autoridades descobriram um plano para assassiná-la com explosivos.

