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Maranhão

Apesar de aceitar devolver dinheiro, pai de Fufuca diz que isso pode causar transtornos ao município

Segundo informou o portal UOL, verba partiu de uma emenda parlamentar de seu filho, atual ministro dos Esportes

O prefeito Fufuca Dantas, à esquerda, e o ministro dos Esportes André Fufuca, seu filhoO prefeito Fufuca Dantas, à esquerda, e o ministro dos Esportes André Fufuca, seu filho - Foto: Reprodução/Instagram

O prefeito de Alto Alegre do Pindaré, Fufuca Dantas (PP-MA), reconheceu o prejuízo causado por um contrato e até aceitou devolver o dinheiro, mas disse que o gesto pode causar “sérios transtornos às finanças da cidade”.

A verba é fruto de uma emenda parlamentar destinada por seu filho, o atual ministro dos Esportes André Fufuca, de quando ele exercia o cargo de deputado federal, em 2020.

Documentos da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf), obtidos pelo portal UOL, via Lei de Acesso à Informação, comprovam que os cofres públicos foram afetados em um montante de R$ 511 mil.

Segundo técnicos da estatal, o contrato para melhoria de estradas na cidade foi cumprido, mas gastou mais recursos do que o necessário.

Embora tenha identificado o dano, a Codevasf não notificou os órgãos de controle.

Em junho, quando o prejuízo foi reconhecido pela prefeitura, o Ministério Público do Tribunal de Contas da União (TCU) pediu que o caso fosse investigado.

Fufuca Dantas solicitou que o pagamento fosse parcelado em seis vezes, sob a alegação de que a devolução integral poderia causar “sérios transtornos às finanças do município”, incluindo impacto em gastos obrigatórios.

Entre os gastos constam o pagamento de medicamentos e da folha de servidores da cidade, que possui cerca de 25 mil habitantes.

A empresa deu indícios que deve aceitar o parcelamento.

“Solicitamos o parcelamento do valor de R$ 511.131,80 em até 6 parcelas iguais, de modo que o parcelamento não ultrapasse o término do mandato em exercício, haja vista que a devolução integral acarretará sérios transtornos nas finanças do município, que possui diversas obrigações, como a exemplo o pagamento da folha de pessoal, tributos, medicamentos e material hospitalar”, disse Fufuca Dantas em ofício à Codevasf.

O contrato que gerou esse prejuízo envolve ainda a Projeplan, propriedade de Caio Rubens Vieira da Silva, investigado pela PF por suspeita de compra de votos para André Fufuca em 2018.

A empresa já fechou 12 contratos com o município, totalizando R$ 9,7 milhões.

A verba que paga o contrato partiu de uma emenda parlamentar de Fufuca em 2020. Deputado federal, à época, ele repassou R$ 2,87 milhões para a Codevasf fechar um convênio com a prefeitura governada por seu pai.

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