Dom, 07 de Dezembro

Logo Folha de Pernambuco
Explicações

Após acenos de União e PP a Bolsonaro, Gleisi diz que federação tem que "explicar contradições"

Juntas, as siglas possuem quatro ministérios do governo Lula

Gleisi Hoffmann, ministra da Secretaria de Relações InstitucionaisGleisi Hoffmann, ministra da Secretaria de Relações Institucionais - Foto: Jose Cruz/Agência Brasil

Um dia após a federação União-PP ser lançada com gestos à oposição e ao ex-presidente Jair Bolsonaro, a ministra de Relações Institucionais de Lula, Gleisi Hoffmann, afirmou que os presidentes das legendas, Antônio Rueda e Ciro Nogueira, precisam explicar "as contradições" — tendo em vista que ambos os partidos possuem ministérios no governo.

A nova federação agora detém a maior força do Congresso, com 109 deputados e 14 senadores, o maior número de prefeitos (1.330) e de governadores (6).

A cerimônia de lançamento teve a presença do chefe do PL, Valdemar Costa Neto, e do líder do partido de Bolsonaro na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ). Por outro lado, ninguém do PT compareceu.

No governo, o PP tem o Ministério dos Esportes, comandado por André Fufuca. Já o União tem o Ministério do Turismo, com Celso Sabino, o das Comunicações, com Frederico de Siqueira, e o do Desenvolvimento Regional, de Waldez Góes.

— Queremos continuar contando com a base parlamentar deles no Congresso, que temos contado até agora. Em relação às contradições, eles quem têm que se explicar. Acho que tem muito mais problemas entre eles do que deles conosco. Vamos esperar para ver o que acontece, para ver se eles vão se comportar direitinho — disse Hoffmann ao ser questionada sobre a proximidade de Rueda e Nogueira a Bolsonaro durante entrevista à Globonews nesta quarta-feira.

Os dois tentam construir com o ex-presidente um acordo para 2026. Além disso, o novo grupo divulgou um manifesto político no qual defende “um choque de prosperidade” e menos intervenção do Estado na economia — método contrário à atuação de governos do PT, que, constantemente, são alvos de críticas pelo tamanho da máquina pública e o papel conferido ao Estado como indutor do desenvolvimento.

Conforme o Globo mostrou, apesar da celebração nos dois partidos, a federação, obrigada por lei a funcionar como uma única sigla por ao menos quatro anos, enfrenta divergências internas e até mesmo dentro das próprias siglas.

Veja também

Newsletter