Sáb, 06 de Dezembro

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BRASIL

Após reunião com Motta, líder do PL diz ter superado "arestas" e que anistia será adiada

Sóstenes Cavalcante afirmou que acordo prevê votar fim do foro privilegiado antes de discutir a pauta dos envolvidos no 8 de janeiro

Líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes CavalcanteLíder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante - Foto: Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

O líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou nesta terça-feira que as “arestas” com o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), foram superadas após reunião nesta manhã na residência oficial.

Segundo ele, o entendimento é que o projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de janeiro não será pautado nesta semana, ficando em segundo plano para a votação do fim do foro privilegiado.


— Depois da semana passada, a gente tem que aparar arestas, alinhar as coisas. Está tudo superado. O foco da reunião era a gente se acalmar depois do que aconteceu. Não vamos pautar a anistia agora. O acordo foi pautar o fim do foro, aprovar nas duas Casas e, depois, pautar a anistia. Assim, a gente tira a corda do pescoço dos parlamentares — disse Sóstenes.

 

A reaproximação ocorre após o PL liderar um movimento de obstrução na semana passada, que tensionou a relação da oposição com Motta.

Nos bastidores, aliados apontam que o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro entrou em campo para orientar paciência e evitar novos embates com o presidente da Câmara. Bolsonaro teria dito a deputados que é preciso dar a Motta “a sensação de autonomia” para que a pauta da anistia avance no momento certo.

Na contramão de Sóstenes, o líder do PT, Lindbergh Farias, afirmou que a aprovação do fim do foro privilegiado seria uma “imoralidade”.

— Retroceder a ponto de que pra abrir qualquer inquérito criminal, ter que ter autorização do Parlamento. Gente, deputado tem importância, mas não é Deus não, são cidadãos como os outros. Eu não acho que passa assim não.

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