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Eleições 2026

Caciques do Centrão se encontram após reunião com Flávio e senador falar em candidatura irreversível

Líderes dos partidos teriam se irritado com o fato de o parlamentar ter se colocado como pré-candidato sem antes avisá-los

Antônio Rueda, Marcos Pereira e Ciro Nogueira  teriam se irritado com o fato de Flávio ter se colocado como pré-candidato sem antes avisá-los.Antônio Rueda, Marcos Pereira e Ciro Nogueira teriam se irritado com o fato de Flávio ter se colocado como pré-candidato sem antes avisá-los. - Foto: Reprodução/Instagram

O presidente nacional do Republicanos, o deputado Marcos Pereira (SP), publicou uma foto ao lado dos presidentes do União Brasil, Antônio Rueda, e do Progressistas, o senador Ciro Nogueira (PI), nesta terça-feira.

O encontro entre os caciques do Centrão ocorreu após reunião realizada nesta quarta entre Rueda, Ciro, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e outras lideranças do partido do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na véspera.

De acordo com Flávio, os dirigentes partidários colocaram dúvidas sobre a capacidade de "tração" da sua candidatura ao Palácio do Planalto em 2026. Ele argumentou, porém, que seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, reforçou nesta terça-feira que sua entrada na disputa eleitoral é "irreversível". 

Os líderes dos partidos teriam se irritado com o fato de Flávio ter se colocado como pré-candidato sem antes avisá-los. Flávio negou mal-estar com aliados do Centrão.

"Estive com os presidentes do Progressistas e do União Brasil. Conversamos sobre o cenário eleitoral para 2026 e projetos para o Brasil. Nosso interesse em comum é ajudar o Brasil a caminhar", escreveu Pereira em uma postagem nas suas redes sociais.

— Sobre a reunião de ontem, foi positiva. Minha relação com Ciro, Rueda e outros nomes é muito boa. Eles se preocuparam com o meu nome, com base em pesquisas, de eu não tracionar. Meu nome está tracionado. Reforcei a eles que minha candidatura é irreversível, apresentei novos números de pesquisas, e ouvi a mesma mensagem do meu pai, Jair Bolsonaro (PL), na visita de hoje: é um movimento irreversível — disse Flávio após visitar o pai, que está preso na Superintendência Regional da Polícia Federal em Brasília.

O senador disse que o projeto só irá à frente com a ajuda de dois aliados: o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que era tido como favorito para representar Bolsonaro nas eleições do ano que vem, e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL), com quem protagonizou embates públicos na última semana.

— Para mim, é mais do que importante termos um Tarcísio forte em São Paulo, estaremos mais juntos do que nunca nessa campanha. Dependemos um do outro. O meu pai pediu para agradecer, em seu nome e publicamente, às manifestações favoráveis dele. Conversei com a Michrele e preciso dela com o público feminino e evangélico. Não ficaremos desunidos. Meu pai está até mais disposto e sem soluços, ele ficou muito feliz ao saber que a nossa militância está em ebulição e agora tem um norte com o sobrenome Bolsonaro — afirmou.

Flávio disse ter "se tratado de uma confusão", a fala do último domingo, quando disse que a retirada do seu nome do páreo "tinha um preço". Na ocasião, o senador indicou que o preço a ser pago seria a aprovação da anistia aos condenados pela tentativa de golpe de Estado, o que livraria Jair Bolsonaro. O ex-presidente está preso em Brasília após ter sido condenado a 27 anos e três meses de prisão no processo da trama golpista.

— Foi um mal entendido. Eu quis dizer que meu preço era Jair Bolsonaro livre e nas urnas. Ou seja: não tem preço — retificou.

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