Sáb, 06 de Dezembro

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BRASIL

Com maioria pela condenação, STF retoma julgamento de Zambelli sobre porte ilegal de arma

Já há seis votos para impor nova punição à deputada, que está presa na Itália em função de outra sentença

Carla Zambelli na Câmara em foto de arquivo Carla Zambelli na Câmara em foto de arquivo Carla Zambelli na Câmara em foto de arquivo Carla Zambelli na Câmara em foto de arquivo  - Foto: Michel Jesus/Câmara dos Deputados

O Supremo Tribunal Federal (STF) retoma na sexta-feira o julgamento virtual que já tem maioria para condenar, pela segunda vez, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP). Seis ministros votaram para impor pena de 5 anos e 3 meses de prisão em regime semiaberto e determinar a perda do mandato.

O caso volta à pauta após ficar suspenso desde março, por um pedido de vista do ministro Nunes Marques, que devolveu o processo na última sexta-feira. A parlamentar já foi condenada a 10 anos de prisão por invadir o sistema eletrônico do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), em 2023.

No processo que será analisado, a Procuradoria-Geral da República (PGR) a acusa de porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com emprego de arma, por perseguir o jornalista Luan Araújo às vésperas do segundo turno das eleições de 2022, em São Paulo, após troca de provocações durante um ato político. Zambelli nega a acusação.

A maioria acompanhou o relator, Gilmar Mendes, para quem a reação armada a provocações não encontra respaldo na lei.

 

“Ao adentrar no estabelecimento comercial com a arma em punho apontada para Luan, determinando repetidas vezes que o mesmo deitasse no chão, a ré claramente forçou-o a fazer ato contrário a sua vontade, utilizando-se da arma de fogo para subjugá-lo, mediante grave ameaça, restringindo sua liberdade momentaneamente”, afirmou.

Além de Mendes, votaram pela condenação os ministros Luís Roberto Barroso, Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia, Flávio Dino e Cristiano Zanin.

Prisão e extradição
No dia 29 de julho, Zambelli foi presa em Roma, onde tentava escapar do cumprimento do mandado de prisão expedido por Moraes no caso do CNJ. A Justiça italiana decidiu mantê-la detida.

Com dupla cidadania, a deputada deixou o Brasil em maio e pediu asilo político na Itália. O governo brasileiro solicitou sua extradição, que será analisada pela Justiça italiana, sem prazo para decisão.

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