Davi Alcolumbre divulga nota contra sanções dos EUA a Moraes: "Congresso não admite interferências"
Governo americano anunciou a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro do Supremo
O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, divulgou uma nota à imprensa, na noite dessa quarta-feira, em reação às medidas adotadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, contra o Brasil. No texto, o senador afirma que o Parlamento brasileiro está "unido" e "vigilante" na defesa das instituições e soberania nacional.
Em alusão às sanções sofridas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes, Alcolumbre fala em "reforçar o diálogo", mas lembrando que o Congresso Nacional "não admite interferências": "Reafirmo a confiança no fortalecimento das nossas instituições, entre elas o Poder Judiciário".
O governo americano anunciou a aplicação da Lei Magnitsky contra o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. A decisão ocorre após a escalada da crise entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o governo e Judiciário brasileiros. O informe da Secretaria de Tesouro dos EUA inclui o nome de Moraes e informações pessoais do ministro do STF, como a data de nascimento e dados relativos ao passaporte e identidade.
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Leia, a seguir, a íntegra da nota:
"O Parlamento brasileiro permanece atento e unido na defesa dos interesses nacionais, sempre vigilante na proteção das nossas instituições e da soberania do país.
Diante das recentes medidas tarifárias adotadas pelos Estados Unidos, o Senado Federal, por meio da Comissão Temporária Externa (CTEUA), tem atuado para reforçar o diálogo e buscar soluções equilibradas que preservem os interesses do Brasil. O caminho da cooperação internacional deve prevalecer, com o objetivo de restabelecer a confiança mútua e manter a histórica parceria entre as duas nações.
Reafirmo a confiança no fortalecimento das nossas instituições, entre elas o Poder Judiciário, elemento essencial para a preservação da soberania nacional, que é inegociável. O Congresso Nacional não admite interferências na atuação dos nossos Poderes.
O Parlamento acompanha de perto cada desdobramento dessa questão, em conjunto com o Executivo e o Judiciário, para assegurar a proteção da nossa economia e a defesa intransigente das instituições democráticas."

