Defesa de Cid diz que ex-ajudante de ordens deixou Exército: "Não tem mais condições psicológicas"
Advogado afirmou durante julgamento no Supremo Tribunal Federal que tenente-coronel "pediu baixa" das Forças Armadas
O advogado do tenente-coronel Mauro Cid, Jair Alves Pereira, afirmou durante o julgamento da trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF) que o militar "pediu baixa" do Exército.
A expressão se refere à saída do militar dos quadros das Forças Armadas. Segundo o defensor, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro "não tem mais condições psicológicas" de continuar nos quadros das Forças Armadas após virar delator no processo.
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O anúncio do pedido de demissão de Cid do Exécito ocorreu enquanto o advogado defendia a validade do acordo da delação premiada firmado por seu cliente. Os benefícios concedidos a Cid foram colocados em xeque pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que viu omissões nos depoimentos prestados ao longo do processo.
— Se ele dá sustentação e dinâmica dos fatos, por que ele não teria os benefícios? Não seria justo que o Estado, agora depois dele fazer tudo isso, de estar com cautelar da prisão por mais de dois anos, afastado de suas funções, agora, inclusive, pediu baixa do Exército não tem mais condições psicológica para continuar como militar — disse o advogado.

