Eduardo Bolsonaro diz que sanção a Moraes é 'marco histórico' e cobra Congresso por anistia ao 8/1
Deputado federal está nos Estados Unidos desde março, onde declaradamente articulou sanções a autoridades
Após o governo dos Estados Unidos anunciar sanções contra o ministro Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) classificou a medida como um “marco histórico”. Para ele, a decisão representa o início de uma resposta global contra o que chama de abusos de autoridade cometidos no Brasil.
“O mundo está olhando para o Brasil. Hoje, os EUA anunciaram sanções contra Alexandre de Moraes com base na Lei Magnitsky, usada contra violadores de direitos humanos. É um marco histórico e um alerta: abusos de autoridade agora têm consequências globais”, afirmou o parlamentar, em publicação nas redes sociais.
A declaração ocorre no momento em que cresce, entre aliados de Jair Bolsonaro, a pressão por uma reação institucional contra o STF e por uma anistia ampla aos condenados e investigados pelos atos golpistas de 8 de janeiro. Eduardo endossou esse discurso e cobrou ação do Congresso Nacional.
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“Chegou a hora do Congresso agir. A anistia ampla, geral e irrestrita é urgente para restaurar a paz, devolver a liberdade aos perseguidos e mostrar ao mundo que o Brasil ainda acredita na democracia”, escreveu.
Eduardo foi o principal articulador da ofensiva internacional contra Moraes e outros ministros do STF. Nas últimas semanas, intensificou a interlocução com parlamentares republicanos nos EUA e chegou a pedir diretamente ao ex-presidente Donald Trump e ao secretário de Estado, Marco Rubio, a aplicação da Lei Magnitsky contra autoridades brasileiras.
A sanção anunciada nesta quarta-feira inclui Moraes na lista de estrangeiros impedidos de manter transações com cidadãos e instituições americanas, além de prever o congelamento de eventuais bens sob jurisdição dos EUA.

