Flávio Bolsonaro reclama de Alcolumbre e cobra andamento de pautas da oposição: "Fica sumido"
Mais cedo, Rogério Marinho também criticou a postura do presidente do Senado
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) reclamou da condução do Senado pelo presidente do Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), disse que não tem sido atendido por ele e reforçou a fala do líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), que reclamou da falta de interlocução.
— Torço para que Davi Alcolumbre não repita os erros do (ex-presidente do Senado) Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Se o Davi seguir na mesma toada de não contestar os crimes de responsabilidade do Alexandre de Moraes, terá os ônus e bônus disto. A maioria dos pedidos de impeachment tem fundamento inquestionável, então, que leve ao plenário e veremos se temos votos. Davi passa uma semana sumido, sem atender telefone. Não falo com ele desde antes do recesso. Esta não é a postura que esperamos de um presidente eleito com o nosso apoio, que se comprometeu com a pauta da anistia — afirmou Flávio.
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Mais cedo, Marinho também fez críticas a Alcolumbre.
— Eu, como líder de oposição, não consigo interlocução com Davi Alcolumbre. Isso é um desrespeito. Ele pode ser aliado do governo, mas não pode virar as costas a uma demanda imposta pelo parlamento — afirmou durante entrevista coletiva.
Em relação à anistia aos condenados pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro, o parlamentar disse que a decisão anunciada pelo vice-presidente da Câmara, Altineu Côrtes (RJ), de pautar o projeto na ausência do presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), não passou pela família Bolsonaro.
Flávio disse que é cedo para discutir a atuação no Congresso quanto ao tema, mas lembrou que o compromisso de pautar um projeto de anistia foi assumido por Alcolumbre durante a sua campanha à presidência. Em conversas com outros Poderes, Alcolumbre já defendeu um projeto intermediário de anistia aos condenados pelo 8 de janeiro. Entretanto, deve ser mantida a responsabilidade dos mentores dos atos.
Para esta terça-feira, parlamentares da oposição da Câmara e do Senado estão trabalhando para obstruir os trabalhos do Congresso. O objetivo da ação é pressionar Alcolumbre e Motta a criticarem a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro e anunciarem medidas em relação ao Supremo Tribunal Federal (STF).

