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ORIENTE MÉDIO

Hamas anuncia que vai libertar refém americano-israelense Edan Alexander, de 21 anos

Jovem foi capturado enquanto servia em uma unidade de elite do Exército de Israel perto de Gaza

Imagem do refém Edan Alexander divulgada capturada de vídeo publicado em 12 de abril de 2025 pelo HamasImagem do refém Edan Alexander divulgada capturada de vídeo publicado em 12 de abril de 2025 pelo Hamas - Foto: AFP / Hostages and Missing Families Forum Headquarters

O grupo islâmico palestino Hamas anunciou, neste domingo, após discussões com representantes dos Estados Unidos sobre uma trégua em Gaza, que vai libertar o refém americano-israelense Edan Alexander, em cativeiro desde o ataque de 7 de outubro de 2023. O jovem de 21 anos foi capturado enquanto servia em uma unidade de elite perto de Gaza.

"O soldado israelense Edan Alexander, com dupla cidadania americana, será libertado como parte dos esforços para um cessar-fogo, a abertura de pontos de travessia e a entrada de ajuda e [serviços] de resgate ao nosso povo" na Faixa de Gaza, informou o Hamas em um comunicado, sem especificar data.

O Hamas disse ainda estar "pronto para iniciar de imediato negociações intensivas e fazer esforços sérios para chegar a um acordo final sobre a cessação da guerra, o intercâmbio de prisioneiros [reféns israelenses por presos palestinos], a gestão da Faixa de Gaza por parte de um organismo profissional independente, com o objetivo de garantir a manutenção da calma e da estabilidade durante muitos anos, além da reconstrução e do fim do assédio" ao território.

O anúncio foi feito pouco antes de o presidente dos EUA, Donald Trump, visitar o Oriente Médio nesta semana. Trump não planeja visitar Israel.

Das 251 pessoas sequestradas em Israel nos ataques de 7 de outubro, 58 continuam em cativeiro em Gaza, incluídas 34 declaradas mortas pelo Exército israelense. Entre 19 de janeiro e 17 de março, uma trégua permitiu tirar de Gaza 33 reféns israelenses, oito deles falecidos, em troca da libertação de cerca de 1.800 palestinos presos em Israel. Mas as negociações para pôr fim aos combates, com a mediação de Egito, Catar e Estados Unidos, não tiveram sucesso até agora.

Negociações com os EUA
Representantes do Hamas e dos Estados Unidos mantiveram conversas diretas em Doha nos últimos dias, disseram à AFP, neste domingo, duas autoridades do movimento islâmico palestino, uma das quais mencionou "avanços" em direção a uma trégua em Gaza.

"Houve negociações diretas em Doha entre líderes do Hamas e os Estados Unidos sobre um cessar-fogo, uma troca de prisioneiros [de reféns israelenses por presos palestinos] e a entrada de ajuda humanitária em Gaza", disse uma das autoridades, acrescentando que as discussões "ainda estão em andamento".

Um segundo dirigente do grupo palestino mencionou que "houve avanços, sobretudo na entrada de ajuda na Faixa de Gaza" e na potencial troca de reféns por prisioneiros palestinos sob custódia israelense, que inclui o americano-israelense Edan Alexander.

O Hamas pede um "acordo completo" e em 18 de abril rejeitou uma proposta israelense de trégua de pelo menos 45 dias, que previa a troca de reféns israelenses por prisioneiros palestinos e a autorização para levar ajuda humanitária a Gaza. Israel exige, por sua vez, a devolução de todos os reféns e a desmilitarização da Faixa de Gaza.

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