Moraes autoriza cirurgia de Bolsonaro, mas nega prisão domiciliar
Ministro considerou que não há urgência para procedimento, e defesa deverá indicar data
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal ( STF), autorizou nesta sexta-feira (19) que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) passe por uma cirurgia.
A defesa de Bolsonaro deverá indicar a data pretendida para o procedimento. Na mesma decisão, Moraes rejeitou outro pedido dos advogados, para que o ex-presidente seja transferido para a prisão domiciliar.
Mais cedo, uma perícia da Polícia Federal (PF) concluiu que Bolsonaro precisa passar por uma cirurgia "o mais breve possível" para tratar de uma hérnia inguinal bilateral.
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Entretanto, como o a PF afirmou que o procedimento precisa ser feito "em caráter eletivo", Moraes considerou que não há urgência, e por isso determinou que os advogados sugiram uma data.
"Caso haja a opção pela cirurgia por parte do réu, a mesma não será em caráter urgente, mas sim em caráter eletivo, ou seja, agendada, conforme o laudo nº 2924/2025; devendo a Defesa, portanto, apontar a programação pretendida", argumentou o ministro.
'Plenas condições'
Para Moraes, Bolsonaro tem "mantém plenas condições de tratamento de saúde na Superintendência Regional da Polícia Federal no Distrito Federal", onde cumpre a pena de 27 anos e três meses de prisão que recebeu do STF por uma tentativa de golpe de Estado.
"O réu está custodiado em local de absoluta proximidade com o hospital particular onde realiza atendimentos emergenciais de saúde mais próximo, inclusive, do que o seu endereço residencial- de modo que não há qualquer prejuízo em caso de eventual necessidade de deslocamento de emergência", escreveu o ministro.

