Sex, 05 de Dezembro

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PRISÃO DOMICILIAR

Moraes amplia prazo e dá até segunda (1°) para PGR se manifestar sobre Bolsonaro

Paulo Gonet tinha até esta quarta-feira (27) para apresnetar parecer ao STF

Do prazo inicial de 48 horas, Alexandre de Moraes ampliou para cinco diasDo prazo inicial de 48 horas, Alexandre de Moraes ampliou para cinco dias - Foto: Mauro Pimentel/AFP

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ampliou para cinco dias o prazo para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre um possível descumprimento de medidas cautelares por parte do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e também sobre eventual oferecimento de denúncia contra o ex-presidente e seu filho Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por terem atuado para tentar pressionar o STF. 

O prazo inicial para que o a PGR se manifestasse sobre eventuais descumprimentos das medidas cautelares terminava nesta quarta-feira. Na segunda-feira Moraes havia aberto prazo de 48 horas para que a PGR se manifestasse sobre esclarecimentos enviados pela defesa do ex-presidente. 

Nesta terça-feira (26), porém, no despacho em que mandou a polícia penal do DF monitorar presencialmente Bolsonaro, Moraes determinou que a PGR se manifestasse, em cinco dias, "quanto às questões pendentes". 

 Após a decisão, o STF esclareceu que entre as questões pendentes de manifestação da PGR estão o descumprimento das cautelares, o agravo (recurso) de Bolsonaro contra a prisão domiciliar e o relatório final da Polícia Federal sobre obstrução das investigações. 


Descumprimento das medidas
Os advogados de Bolsonaro negam que ele tenha planejado pedir asilo à Argentina e que tenha descumprido medidas cautelares impostas pela Corte. 

O descumprimento das cautelares foi apontado pela Polícia Federal (PF) na semana passada, no mesmo relatório em que indiciou Bolsonaro e um de seus filhos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por coação no curso do processo abolição violenta do Estado Democrático de Direito. 

Os dois são suspeitos de utilizarem sanções aplicadas pelos Estados Unidos para atrapalhar a ação penal da trama golpista. O relator do processo, ministro Alexandre de Moraes, determinou então que Bolsonaro e a PGR se manifestassem. 

Na sexta-feira, a defesa do ex-presidente afirmou que Bolsonaro nunca esteve proibido de usar o "WhatsApp, de trocar mensagens e de se manifestar" e diz que o material produzido pela PF configura a prática de lawfare — argumento muitas vezes usado pela defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em processos da Lava-Jato no passado.

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