Dom, 21 de Dezembro

Logo Folha de Pernambuco
CPI da Covid

Renan Calheiros aceita indiciar senador Luis Carlos Heinze

"Essa CPI teve a coragem de pedir o indiciamento do presidente da Republica e do líder do governo. Não pode fechar os olhos com relação ao comportamento do seu colega parlamentar", afirmou Alessandro, autor do pedido

O senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) O senador Luis Carlos Heinze (PP-RS)  - Foto: Pedro França / Agência Senado

O relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL), acatou o pedido de Alessandro Vieira (Cidadania-SE) e decidiu indiciar o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) por disseminação de notícias e dados falsos. 

"Essa CPI teve a coragem de pedir o indiciamento do presidente da Republica e do líder do governo. Não pode fechar os olhos com relação ao comportamento do seu colega parlamentar", afirmou Alessandro.

Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE) fez um apelo para que Renan desconsidere o pedido de Alessandro e não indicie Heinze.

Em sua fala, o senador Luis Carlos Heinze (PP-RS) manifestou apoio ao Conselho Federal de Medicina (CFM) pela defesa da autonomia médica durante a pandemia e afirmou que seu relatório inclui centenas de estudos sobre o uso de substâncias no tratamento da covid-19 feitas por "cientistas, não charlatões". 

Assista ao vivo:



"São pesquisas que o Ministério Público a Procuradoria Geral da República vai se debruçar. Não são factóides, não são narrativas",  apontou. 

Omar Aziz (PSD-AM) e Renan Calheiros (MDB-AL) protestaram contra a defesa de Heinze de drogas comprovadamente sem eficácia contra o coronavírus. 

"Depois da declaração do presidente de que vacina dá Aids vem isso aí", criticou Renan, antes de acatar o pedido de indiciamento

Embate
Luis Carlos Heinze (PP-RS) classificou outros integrantes da CPI como defensores de “concepções facciosas” e “ajudantes de ordem” de Renan Calheiros (MDB-AL). O parlamentar disse que houve “muita incoerência, pressão e interrupção” nos trabalhos da comissão durante o depoimento de testemunhas entusiastas da cloroquina e do tratamento precoce, como a oncologista Nise Yamaguchi.

— Ninguém é contra vacina. Não se pode confundir prevenção com tratamento. A vacina e os fármacos são complementares. Diversos senadores, inclusive, confessaram ter usado a cloroquina — disse Henize.

Fonte: Agência Senado

Veja também

Newsletter