Reunião de chanceleres do Brics termina sem declaração conjunta
Reunião no Rio de Janeiro incluiu membros plenos e parceiros do grupo; em comunicado, Presidência rotativa do grupo, ocupada pelo Brasil, defende reforma do Conselho de Segurança
A reunião de chanceleres do Brics no Rio de Janeiro, que terminou nesta terça-feira, chegou ao final sem um comunicado conjunto entre os representantes dos 11 países do grupo, além dos 9 de países parceiros, e o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, creditou a decisão à busca por uma declaração "de peso" na reunião de líderes, prevista para julho.
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— Decidimos fazer uma declaração da Presidência como ocorre em muitas reuniões para deixar um caminho aberto para negociarmos com muito cuidado uma declaração que acontecera em julho com a reunião dos chefes de Estado — disse Vieira, durante entrevista coletiva.
— Estamos preprando o caminho para alinhar qualquer eventual divergência que haja.
Contudo, o ministro — assim como fontes do Itamaraty ouvidas pelo Globo— afirma que divergências dentro do grupo são pontuais, e destaca que as disputas comerciais, um dos temas principais da reunião, encontram consenso entre os membros.

