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Sistemas do STF são alvos de ataque após decisão de Moraes suspendendo o X

Sistema da Corte chegou a ficar fora do ar por 10 minutos, mas tribunal diz que não houve prejuízos

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF)O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF) - Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil

Os sistemas do Supremo Tribunal Federal (STF) foram alvo, no último dia 30 de agosto, de um ataque cibernético realizado através de milhares de acessos simultâneos – o que levou o sistema a ficar fora do ar por 10 minutos.

O ataque ocorreu após a decisão do ministro Alexandre de Moraes que suspendeu o acesso à plataforma X, na última sexta-feira.

A informação sobre o ataque cibernético foi publicada pelo jornal Folha de S. Paulo e confirmada pelo Globo pelo STF.

Em nota, a Corte explicou que não houve prejuízo operacional ao tribunal.

"No último dia 30/08, sistemas do STF foram alvo de um DDoS (ataque de negação de serviço), ou seja, milhares de acessos simultâneos com o intuito de desequilibrar a rede e inviabilizar os serviços. Os sistemas ficaram inoperantes por menos de 10 minutos. A equipe técnica do tribunal agiu rapidamente, retirando os serviços do ar e implantando novas camadas de segurança, de modo que todos os acessos foram normalizados e não houve nenhum prejuízo operacional ao Tribunal", informou o Supremo.

Moraes determinou na sexta-feira a suspensão do X, rede social do empresário sul-africano Elon Musk, no Brasil.

A decisão foi dada após a plataforma descumprir a ordem dada dois dias antes para indicar um representante legal no país, no prazo de 24 horas.

O magistrado estipulou ainda multa de R$ 50 mil para qualquer pessoa ou empresa no país que usar X.

Essa é a segunda decisão de Moraes suspendendo uma plataforma no país.

Em 2023, o magistrado chegou ordenar o bloqueio do Telegram, aplicativo de troca de mensagens, mas voltou atrás após a empresa indicar um representante.

Na decisão de sexta-feira, Moraes também chegou a determinar que lojas virtuais de Apple e Google bloqueassem a oferta de aplicativos de VPN.

A ferramenta é usada para mascarar a origem do acesso de um usuário ou estabelecer uma rede segura — muito acionada, por exemplo, para trabalho remoto. No início da noite, porém, Moraes recuou e disse que revogava esta ordem até que as partes se manifestassem sobre o assunto.

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