A trajetória de Roberto Kovalick, que substitui César Tralli no Jornal Hoje
Antes, jornalista foi repórter no Rio e correspondente em Nova York, Tóquio e Londres
As mudanças no Jornal Nacional, anunciadas nesta segunda-feira 91) pela TV Globo, impactaram também o Jornal Hoje, telejornal vespertino de rede da emissora. Com a saída de César Tralli, que substitui William Bonner no programa da noite, Roberto Kovalick assumirá a bancada do programa vespertino.
Nascido em Sant'Ana do Livramento (RS), o jornalista de 60 anos está na TV Globo desde 1990, quando começou a trabalhar na Editoria Rio do Jornal Nacional. Antes, havia passado pela Rádio Gaúcha e pela RBS, afiliada da TV Globo no Rio Grande do Sul.
Como repórter de cidade, participou de coberturas importantes como a da Rio-92, a da Chacina da Candelária, em 1993, e o sequestro do ônibus 174, em 2000.
Fez muitas parcerias com Tim Lopes, jornalista assassinado no ano 2002 por traficantes da Vila Cruzeiro, quando fazia uma matéria sobre abusos de menores e venda de drogas na favela.
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“Antes de isso acontecer, a gente se sentia como o Super-Homem, achava que nada jamais iria acontecer conosco. Foi uma pessoa com quem trabalhei muito, era meu amigo pessoal, frequentava a casa dele", disse Kovalick ao Memória Globo. "A gente achava que era polícia e ladrão, e o assassinato do Tim Lopes nos mostrou que era uma guerra. Passamos a nos comportar como se estivéssemos cobrindo uma guerra”.
Outros voos
De 2001 a 2005, Kovalick trabalhou em Brasília tanto para a TV Globo como para a GloboNews. Em 2005, ganhou o posto de correspondente em Nova York, que ocupou até 2008. Nos Estados Unidos, cobriu o furacão Katrina, a eleição de Barack Obama e a crise econômica.
A próxima parada, em 2009, foi o Japão. Pela primeira vez, a emissora teve um correspondente no local, e Kovalick fez importantes coberturas, como o acidente com a usina nuclear de Fukushima, em 2011. Em 2013, mais uma viagem: Londres.
Em janeiro de 2016, voltou definitivamente ao Brasil, instalando-se em São Paulo no cargo de repórter especial. Três anos depois, depois de apresentar no esquema de rodízio o Jornal Hoje, ele foi convidado para assumir o Hora Um.