Bad Bunny será a atração musical do show do intervalo do Super Bowl 2026
Superestrela de Porto Rico se apresenta em 8 de fevereiro, no Levi's Stadium
A estrela do reggaeton portorriquenho Bad Bunny será a atração musical do show do intervalo do próximo Super Bowl, a final da liga de futebol americano (NFL). O anúncio foi feito na noite de domingo (28).
O cantor se apresenta no Levi's Stadium, estádio do San Francisco 49ers, em Santa Clara, na Califórnia, em 8 de fevereiro.
“O que sinto vai além de mim mesmo”, disse Bad Bunny em um comunicado divulgado no domingo pela NFL.
“É para aqueles que vieram antes de mim e percorreram incontáveis jardas para que eu pudesse entrar e marcar um touchdown.”
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“Isso é para meu povo, minha cultura e nossa história. Vai e conta para sua avó que seremos o HALFTIME SHOW DO SUPER BOWL”, celebrou.
Para anunciar sua escolha, a NFL também publicou um vídeo curto no qual a superestrela de 31 anos aparece sentada sobre uma trave de futebol americano em uma praia ao pôr do sol.
“Estive pensando nestes dias, e depois de conversar com minha equipe, acho que farei apenas uma data nos Estados Unidos”, escreveu o próprio cantor, que compartilhou o vídeo com seus quase 50 milhões de seguidores no Instagram.
Preocupação com operações migratórias
Benito Antonio Martínez Ocasio, conhecido artisticamente como Bad Bunny, acabou de finalizar uma série de 31 shows em San Juan, capital de Porto Rico, uma iniciativa especial que celebrou a identidade e cultura portorriquenha.
A residência atraiu à ilha — um território associado livremente aos Estados Unidos — celebridades como os atletas LeBron James e Kylian Mbappé e os atores Javier Bardem e Penélope Cruz.
Em novembro, ele iniciará a turnê mundial “Debí Tirar Más Fotos”, na qual não incluiu paradas em solo norte-americano.
Essa decisão, disse recentemente o artista, está relacionada ao receio de que seus shows fossem afetados pelas atuais operações migratórias nos Estados Unidos, ordenadas pelo presidente Donald Trump.
“É algo sobre o qual conversamos e que nos preocupava muito”, disse o porto-riquenho à revista britânica i-D.
Trump esteve pessoalmente no último Super Bowl, em fevereiro, em Nova Orleans, na Louisiana, na primeira visita de um presidente em exercício ao jogo.
Por conta da imigração, Bad Bunny não incluiu shows nos Estados Unidos em sua próxima turnê | Foto: Angela Weiss/AFPA música latina de volta
A lista de artistas que já se apresentaram no Super Bowl está repleta de lendas como The Rolling Stones, Prince, Bruce Springsteen, Madonna, U2, Paul McCartney, Michael Jackson, Beyoncé e Rihanna.
Bad Bunny, vencedor de três Grammy, sucederá o rapper americano Kendrick Lamar, protagonista do show em Nova Orleans.
Na edição anterior, na qual os Philadelphia Eagles destronaram os Kansas City Chiefs, o evento quebrou novamente o recorde de audiência para uma transmissão televisiva nos EUA, com estimativa de 127 milhões de espectadores.
O Super Bowl de 2020 foi o último a ter a música latina no centro de um evento em que os anunciantes pagam milhões de dólares por um comercial de 30 segundos.
Shakira e Jennifer López se apresentaram juntas em Miami e convidaram outras figuras latinas ao palco, como o próprio Bad Bunny e o colombiano J Balvin.
“Bem-vindo de volta ao palco do Super Bowl. Aqui vai meu povo latino!”, escreveu Shakira no domingo no Instagram para celebrar a escolha do porto-riquenho.
Escolha inesperada
Para a NFL, a competição americana mais poderosa e em expansão internacional, Bad Bunny é uma “escolha empolgante e natural” para seu maior palco.
“Como um dos artistas mais influentes e transmitidos do mundo, sua habilidade única de conectar gêneros, idiomas e públicos o torna uma escolha empolgante e natural para protagonizar o show do intervalo do Super Bowl”, disse Jon Barker, vice-presidente de Produção de Eventos Globais da liga.
“O que Benito fez e continua fazendo por Porto Rico é realmente inspirador. Sentimo-nos honrados em tê-lo no palco mais importante do mundo”, disse por sua vez a estrela do rap Jay-Z, cuja produtora Roc Nation comanda o espetáculo desde 2019.
Bad Bunny, no entanto, não estava entre os nomes mais mencionados nos rumores que sempre acompanham a escolha do artista para o show.
As apostas apontavam principalmente para Adele e Taylor Swift, personalidade vinculada nos últimos anos à NFL.
A superestrela pop assistiu das arquibancadas aos dois últimos Super Bowls para apoiar seu noivo, Travis Kelce, um dos líderes dos Chiefs.
O comissário da liga, Roger Goodell, disse este mês que “adorariam” que Swift aceitasse o convite.

