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LITERATURA

Fliporto 2025 abre oficialmente, com homenagem a Carlos Pena Filho e Miró da Muribeca

A Festa Literária Internacional de Pernambuco acontece até este domingo (16), no Parque Dona Lindu

Aberturta da Fliporto aconteceu no Teatro Luiz MendonçaAberturta da Fliporto aconteceu no Teatro Luiz Mendonça - Foto: Ricardo Fernandes/Folha de Pernambuco

A Festa Literária Internacional de Pernambuco (Fliporto) abriu oficialmente, na tarde desta sexta (14), em evento no Teatro Luiz Mendonça, localizado no Parque Dona Lindu, em Boa Viagem, Zona Sul do Recife. 

Até o próximo domingo (16), o público poderá conferir a programação que inclui 18 mesas-painéis, debates, espetáculos e ações culturais integradas.

Sob o tema “Literatura, tecnologia, sustentabilidade, interfaces e diálogos”, a Fliporto celebra seus 20 anos de criação, homenageando os poetas recifenses Carlos Pena Filho e Miró da Muribeca.

Mesa de abertura

Carlos Pena Filho, o “poeta do azul”, e Miró da Muribeca, que traduziu como ninguém a vida urbana do Recife, foram exaltados na mesa de abertura da Fliporto 2025, que contou com uma performance da Literatrupe abrindo os trabalhos. O projeto lítero-musical apresentou um número em que promoveu um diálogo entre as obras dos dois poetas.

O curador da Fliporto, Antônio Campos, destacou os 20 anos de história da feira, que tem como uma de suas missões fortalecer os vínculos entre Brasil e Portugal, através da produção literária, que tem a língua portuguesa como elo profundo.

Campos também exaltou a participação do público na festa literária. “Nossa grande presença, que é o público. Isso aqui [a Fliporto] foi feito para uma aproximação entre os artistas e o público, para aproximar o criador e o público, nesse diálogo que tanto aprendem um com o outro. Esse é o maior show, é o nosso leitor, é quem vem prestigiar a Fliporto”.

Participaram da mesa de abertura, além de Antônio Campos, o escritor e biógrafo de Miró da Muribeca, Wellington de Melo, a viúva de Carlos Pena Filho, Tânia Carneiro Leão, o poeta Chico Pedrosa, o escritor e jornalista Igor Lopes, a cantora e poetisa Kelly Rosa e a representante do Instituto Dom Hélder Câmara, Virgínia Normândia.

A abertura também contou com as participações dos repentistas Edmilson Ferreira e Antônio Lisboa, que criaram versos para exaltar os homenageados, e do poeta paraibano Chico Pedrosa.

Na ocasião, Antônio Campos também recebeu uma comenda da União Brasileiras de Escritores.

Sobre os homenageados
O escritor e biógrafo de Miró da Muribeca, Wellington de Melo, que participou da abertura da Fliporto, irá participa neste sábado (15), às 9h30, no Teatro Luiz Mendonça, da mesa “Miró: Poética Para Além do Corpo”. 

Autor de “Estou quase pronto: uma biografia de Miró da Muribeca”, ele falou sobre a homenagem da Fliporto ao artista, falecido em 2022.

“Miró é um poeta que merece ser sempre lido, e ele continua sendo lido. A gente estigmatiza, às vezes, os poetas ditos “urbanos”, ditos “periféricos”, enfim, “marginais”, para tentar encaixar o poeta em determinado nicho, mas Miró extrapola esses nichos”.

A viúva de Carlos Pena Filho, Tânia Carneiro Leão, também marcou presença na abertura da Fliporto.

“ Eu recebo essa homenagem de Antônio [Campos] muito comovida, e acho que os dois poetas, tanto Miró quanto Carlos, eles merecem todas as homenagens possíveis porque são dois grandes poetas”
 

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