Maya Massafera faz cirurgia para mudar cor dos olhos; a queratopigmentação é proibida no Brasil
Influenciadora viajou à França para realizar o procedimento
A influenciadora Maya Massafera compartilhou nesta semana que viajou à França para realizar um procedimento permanente de mudança da cor dos olhos. Após a cirurgia, chamada de queratopigmentação, ela passou a ter olhos verdes claros.
"[Fazendo] o olho com esse médico, que é considerado o melhor do mundo, você não consegue ver que é uma operação", disse a influenciadora em um vídeo gravado antes da realização do procedimento estético.
Na publicação, o médico responsável explica que é aplicado um laser, que dura 10 segundos, na superfície da córnea, sem provocar dor graças à aplicação prévia de um anestésico. O objetivo é criar uma nova íris artificial que fica à frente da original. Depois, ele começa o procedimento cirúrgico para fazer a coloração.
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O médico explicou que o resultado, permanente, fica "natural", apenas sendo possível enxergar a coloração marrom original no fundo em casos como na praia, sob um forte sol, se a outra pessoa olhar de forma muito próxima.
No Brasil, a realização do procedimento para fins estéticos, como feito por Massafera, no entanto, é proibida. O Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO) permite a queratopigmentação somente em casos de pacientes com deficiência visual para revitalização das córneas esbranquiçadas nos olhos.
"A mudança da cor dos olhos por meio de pigmentação feita em intervenção cirúrgica é procedimento de alto risco, com resultados irreversíveis, que deve ser realizado apenas sob estrita recomendação médica. Dentre os problemas que podem ser causados pelo uso indevido dessa técnica estão: o surgimento de casos de lesões na córnea (parte do olho correspondente ao vidro do relógio) que podem ser persistentes e levar a perfuração do olho, infecções graves (até no interior do olho), e aumento da pressão dentro do olho", disse o Conselho numa nota publicada no ano passado.
A entidade afirmou ainda que pacientes que já foram submetidos à técnica informam dificuldade de enxergar, dor no olho, ardência, sensação de areia, aversão a luz e lacrimejamento persistente. Todas essas situações podem levar à redução da visão do paciente, seja na periferia ou no centro da visão, evoluindo em alguns casos para a cegueira permanente, continuou.
Ao jornal da USP, Pedro Carricondo, diretor do Pronto Atendimento Oftalmológico do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, também alertou contra a realização do procedimento:
— Infelizmente, alguns lugares se dispõem a fazer esse tipo de procedimento e nem sempre com instrumental adequado, estéril, com agulha correta. Às vezes isso é feito com uma maquininha, o que leva a quadros de perfuração ocular, já que o aparelho não regula a profundidade correta. Também pode ocorrer a injeção do corante dentro do olho, o que é um problema muito sério. A gente vê pessoas perdendo o olho por conta disso.
Os principais riscos da queratopigmentação:
Infecções;
Perfuração do olho;
Aumento da pressão ocular; e
Redução da visão periférica.

