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Morre Marquinho PQD, parceiro de Arlindo Cruz e compositor de 'Sonhando sou feliz'

Ex-paraquedista do Exército, sambista foi gravado por Beth Carvalho, Jovelina Pérola Negra, Zeca Pagodinho e Fundo de Quintal

 Marquinho PDQ Marquinho PDQ - Foto: Reprodução / Instagram Marquinhopqd.oficial

Morreu esta segunda-feira, aos 66 anos, o cantor e compositor Marcos de Souza Nunes, o Marquinho PQD, que teve sambas gravados Zeca Pagodinho, Beth Carvalho, Jorge Aragão, Fundo de Quintal, Arlindo Cruz, Jovelina Pérola Negra, Roberto Ribeiro, Agepê, Reinaldo, Almir Guineto, Alcione e muitos grupos de pagode que obtiveram notoriedade na década de 1990.

Ex-paraquedista do Exército (por isso o apelido artístico que ganhou), ele faleceu, segundo nota publicada pela família em seu perfil do Instagram “após alguns dias de internação”. “Em breve, divulgaremos mais informações sobre o velório e sepultamento”, acrescentava a nota.

Nascido em Realengo, na Zona Oeste do Rio de Janeiro, Marquinho PQD teve mais de 40 anos de carreira e mais de 400 canções compostas, sendo aproximadamente 100 delas em parceria com Arlindo Cruz. Em 1987, uma parceria sua com Arlindo e Franco, “Luz do repente”, deu nome ao disco de Jovelina Pérola Negra. Pouco antes, em 1983, o grupo Fundo de Quintal gravara sua “Fases do amor”, em parceria com Chiquinho e Fernando Piolho. E em 1984, Beth Carvalho interpretou sua “Coração feliz” (c/ Adilson Bispo e Gerson do Vale).

Em 1987, o Fundo gravou “Já foi uma família”, mais uma parceria com Franco e Arlindo Cruz. E, no ano seguinte, em 1988, Beth Carvalho registrou outra do trio: “A sete chaves”. Em 1989, Reinaldo cantou “Pra ser minha musa” (com Chiquinho e Arlindo Cruz) e Beth Carvalho gravou “Sonhando eu sou feliz”, em parceria com Franco e Arlindo Cruz, que fez muito sucesso na abertura da novela “Gente fina”.

Em 1996, a composição de Marquinho PQD “Deixa clarear” (com Sombrinha e Arlindo Cruz) deu título ao disco de Zeca Pagodinho (em 2000, o cantor regravaria “Luz do repente” em seu disco ao vivo). Também em 2000, o samba-enredo “Verde, amarelo, azul-anil, colorem o Brasil do ano 2000”, em parceria com Dico da Viola, Jefinho e Marquinho Índio, foi cantado na avenida, representando a Mocidade Independente de Padre Miguel.

Em 2011, Marquinho PQD lançou o CD “Hora de realizar”, que contou com 13 faixas de sua autoria com diversos parceiros como “Amor não chore mais” (com Arlindo Cruz), “Hora de realizar” (com Délcio Luiz), “Cara de cana” (com Serginho Procópio e Carlos Caetano), “É só me chamar” (com Sombrinha).

Em nota publicada em suas redes sociais, o Império Serrano lamentou a morte do sambista:

“Grande amigo da nossa escola, Marquinho esteve inúmeras vezes em nossa quadra, levando seu talento, sua alegria e sua voz marcante ao nosso povo. Foi também parceiro em diversas obras inesquecíveis, dividindo composições com o nosso ídolo Arlindo Cruz, fortalecendo ainda mais a história da música e do samba.

Neste momento de dor, a família imperiana se une em solidariedade aos familiares, amigos e admiradores desse artista que tanto contribuiu para a cultura popular brasileira.

Marquinho PQD deixa saudade e um legado eterno de samba, poesia e amizade.

Descanse em paz, poeta.”

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