"O Riso, o Baque e o Galope", do grupo Paleta Coletiva, estreia no Museu do Estado nesta terça (19)
Formada por 17 pinturas de crianças e adolescentes atendidos pela ONG Giral, em Glória do Goitá, a mostra homenageia mestres e brincantes que marcaram a história cultural da cidade
A exposição “O Riso, o Baque e o Galope”, assinada pelo grupo Paleta Coletiva, estreia nesta terça-feira (19), no Museu do Estado de Pernambuco, e segue até o dia 24 de agosto.
Formada por 17 pinturas de crianças e adolescentes atendidos pela ONG Giral, com sede em Glória do Goitá, na Zona da Mata Norte, a mostra homenageia mestres e brincantes que marcaram a história cultural de Glória do Goitá, berço do Mamulengo.
Entre os destaques, estão referências ao Cavalo Marinho do Mestre Zé de Bibi, aos maracatus Carneiro Manso e Estrela da Tarde, além de lembranças aos mamulengos Riso do Povo e Teatro do Riso, dos saudosos mestres Zé de Vina e Zé Lopes.
Leia também
• Fãs de Marisa Monte enfrentam fila virtual na pré-venda de ingressos para nova turnê; entenda
• Ivan Lins se apresenta no Teatro Guararapes, neste sábado (23), com sucessos no repertório
• Supercombo assume ''som mais colorido'' em "Caranguejo (Parte 1)", novo disco da banda
Através das 17 pinturas, os jovens artistas traduzem em cores e formas a energia das danças, o ritmo dos tambores e as narrativas que atravessam gerações. Inspirados nas manifestações culturais da região, eles revelam olhares sensíveis sobre tradições que fazem parte do imaginário popular.
Paleta Coletiva
O Paleta Coletiva integra o Projeto de Educação Integral da Giral, que inclui um curso de artes plásticas destinado a alunos de escolas públicas municipais. O que começou como uma atividade lúdica, com tintas e pincéis para estimular a criatividade, logo revelou potenciais inesperados.
Mais de 15 crianças e adolescentes entre 10 e 16 anos, a maioria filhos de agricultores da Zona da Mata Norte de Pernambuco, estão surpreendendo o meio artístico pernambucano. Sem nunca terem tido contato com as artes plásticas, assinam telas expostas em museus e universidades, ganhando espaço em galerias que sempre pareceram distantes de suas realidades. Quem visita as exposições se surpreende com a maturidade estética e o olhar social presente em cada obra.
Artes Plásticas
A metodologia é o segredo da transformação. Sob orientação do professor e curador Wemison Araújo, também artista plástico, as crianças e adolescentes percorrem um roteiro que une aprendizado e vivência cultural. Primeiro, fazem um tour por museus e galerias renomadas, onde são recebidos por arte-educadores. Depois, pintam telas inspiradas no que viram e sentiram durante a experiência, criando obras que dialogam com o patrimônio artístico e cultural de Pernambuco.
Em 2024, o grupo participou, pela primeira vez, de vãrias exposições. Com 28 telas e o tema “Olhares Rurais: Memórias e Transformações do Campo”, retrataram paisagens, personagens e cotidianos do interior pernambucano. As obras revelam a força de um olhar genuíno, capaz de transformar memórias em arte e realidade social.
Com informações da assessoria.




