Sex, 05 de Dezembro

Logo Folha de Pernambuco
PERNAMBUCO

Orquestra Sinfônica do Recife celebra 95 anos com concerto histórico

Apresentação no Santuário de Nossa Senhora da Conceição homenageou compositores pernambucanos

Comemoração do aniversário da Orquestra Sinfônica do Recife, no Santuário de Nossa Senhora da Conceição, com a presença do prefeito do Recife, João CamposComemoração do aniversário da Orquestra Sinfônica do Recife, no Santuário de Nossa Senhora da Conceição, com a presença do prefeito do Recife, João Campos - Foto: Ricardo Fernandes/Folha de Pernambuco

A noite do Recife ganhou um toque de música nesta quarta-feira (30) com a celebração dos 95 anos da Orquestra Sinfônica do Recife, que aconteceu no Santuário de Nossa Senhora da Conceição, no bairro de Casa Amarela, onde o grupo se apresentou em concerto pela primeira vez.

A comemoração teve início ainda na noite de terça-feira (29), com uma apresentação no Teatro de Santa Isabel, sede da Orquestra, com ingressos distribuídos gratuitamente. O programa foi o mesmo para os dois dias e teve regência compartilhada dos maestros Lanfranco Marcelletti, titular da Orquestra e José Renato Accioly, titular reserva, com a participação dos solistas Enock Chagas e Mizael França. 

O repertório reuniu sete peças, com ênfase em compositores pernambucanos. Entre as músicas selecionadas para a apresentação estavam obras de Capiba, Clóvis Pereira, Maestro Duda, Nilson Lopes e Chico Science.

O público chegou a partir das 20h e lotou o Santuário, que recebeu os visitantes com acesso livre e gratuito, feito por ordem de chegada até a lotação máxima do local.

 

O programa teve início com a abertura de “O Guarani”, de Carlos Gomes, obra central do repertório clássico brasileiro, seguida pela “Suíte Carmen”, do francês Georges Bizet. A partir daí, as peças foram dedicadas a compositores ligados à cena pernambucana.
Nilson Lopes foi representado pela “Suíte Nordeste” e Clóvis Pereira, pela “Dança Brasileira”. 

Em seguida, a orquestra interpretou “Suíte Monet”, do Maestro Duda, ex-integrante do grupo e um dos nomes associados ao frevo recifense.A presença de Chico Science no repertório aconteceu por meio de uma suíte com composições do artista, rearranjadas por Melquíades Kidbone. 

O encerramento ficou por conta de “Recife Cidade Lendária”, de Capiba, com arranjo de Heudes Peixoto.

A escolha do repertório foi feita para dialogar com a trajetória da Orquestra, que desde sua fundação, em 1930, construiu pontes entre o erudito e o popular. Criada por Walter Cox, Ernani Braga e Vicente Fittipaldi — este último seu primeiro maestro —, a Orquestra começou com o nome de Orquestra Sinfônica de Concertos Populares e passou a integrar a administração municipal em 1949. Foi nesse momento que adotou o nome atual.

Em 2018, a Orquestra foi reconhecida como Patrimônio Cultural Imaterial do Recife. Nos últimos anos, passou por mudanças que ampliaram sua atuação, como a chegada dos maestros atuais, o aumento do número de apresentações mensais e a inclusão de novos músicos selecionados por concurso da Prefeitura.

Veja também

Newsletter