Quem é o fã que subiu ao palco com Katy Perry, no The Town
O estudante André Bitencourt, de 22 anos, falou da emoção de estar com a musa: 'Eu abracei (e segurei no colo...) umas das pessoas mais importante do mundo pra mim'
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O estudante e ilustrador André Bitencourt, de 22 anos, teve o maior sonho de um fã realizado neste domingo (14), no encerramento do The Town, ao subir ao palco com seu ídolo, Katy Perry. Como de costume, a cantora escolheu um fã na plateia para cantar uma música ao seu lado, e o felizardo foi o jovem de Indaiatuba (SP), que mantém um perfil no X cujo nome é dedicado à musa (@dancewithkaty).
À tarde, André já havia postado que estava na grade do palco Skyline, à espera do show da cantora. Após o show, o perfil da cantora interagiu com sua postagem com a mensagem "Never stop dreaming baby" ("Nunca pare de sonhar").
A participação se deu na parte interativa do show, em que o público escolhe ao vivo, com seus celulares, que música quer ouvir, sendo a eleita "Harleys in Hawaii". Chamado ao palco, André se surpreendeu com a cantora pulando em seu colo, antes de um longo abraço: "Você é real!", o fã . Além de fazer uma selfie ao lado do fã, ela cantou uma versão acústica de "The one that got away", com André na percussão.
eu ainda to tentando processar isso tudo que aconteceu mas eu to simplesmente em choque e mal consigo escrever alguma coisa. eu abracei (e segurei no colo..) umas das pessoas mais importante do mundo pra mim, eu te amo pelo resto da minha vida @katyperry pic.twitter.com/SEKjhjK8JS — dré (@dancewithkaty) September 15, 2025
Após o encontro, André descreveu em seu perfil a emoção ue sentiu: "Eu ainda estou tentando processar isso tudo que aconteceu, mas eu tô simplesmente em choque e mal consigo escrever alguma coisa. Eu abracei (e segurei no colo...) umas das pessoas mais importante do mundo pra mim. Eu te amo pelo resto da minha vida".
Como foi o show
Katy Perry , a mulher que foi ao espaço, uma das últimas cantoras pop com hits e juventude para fazer um show para todas as idades e orientações não decepcionou. Outra não teria tanto cacife para fazer o último show do último dia no Skyline, o maior palco do The Town, em São Paulo.
Na hora marcada, as luzes se apagaram e algo grande começou a acontecer. Um apocalíptico filme de ficção científica, do qual saiu uma Katy robótica, de uma estrutura luminosa circular, do alto do palco. Não era Nine Inch Nails, mas a cantora pop amada por todos cantando "Chained to the rhythm", um eletropop robusto para aquecer os ânimos e apresentar seu balé cyberpunk.
Ainda meio dark, "Teary eyes' foi a deixa para a cantora exibir o corpão sob a armadura e coreografias meio zumbi. "Dark horse", o primeiro hit da noite, tirou da passividade quem apenas apreciava o espetáculo e causou explosão de gritos — era a Katy Perry que estavam todos lá para ver, não mais a artista em um projeto conceitual.
Após um ritual de empoderamento, a cantora ciborgue entrou, então, em uma nova fase do show-game, com "Woman's world", canção de seu mais recente álbum, "143", que acabou servindo apenas de introdução para o velho sucessaço "California Gurls", primeira música verdadeiramente alegre de um show até então pesado.
Daí em diante, foi enxurrada de hit morro abaixo: "Teenage dream" ("Eu tenho 40 anos agora! Quarenta e fabulosa!", gabou-se), "Hot'n'cold" (para a qual sacou uma guitarra), "Last friday night" e "I kissed a girl" (que ela dedicou à comunidade gay, "que sempre me apoiou"). "Meus maiores fãs estão no Brasil!", derramou-se Katy em meio à sequência milionária.
O ato 3 do show deu mais atenção a faixas de "143", como as eletrônicas e lisérgicas "Nirvana" e "Crush", que Katy cantou em meio a um cenário de delírios visuais. A sensualidade falou mais alto em outra do novo disco, a boa "I'm his, he's mine", com seu sample de "Gipsy woman", de Crystal Waters. Em embalo house, "Wide awake" fechou o ato moderadamente intoxicante do show.
E o show tem uma parte interativa em que o público escolhe ao vivo, com seus celulares, que música quer ouvir — momento de muita brincadeira para Katy (que acolheu a decisão por "Harleys in Hawaii"). "Você é real!", disse André, de Indaiatuba, o fã chamado para o palco, depois que a cantora pulou no seu cangote. Comédia total. Depois de um papo surreal, ao Brasil ela dedicou uma versão acústica de "The one that got away" — com André na percussão!
Investindo na estranheza sci-fi à Lady Gaga, o ato 4 foi de "E.T.", "Part of me" e "Rise". E o 5, a conclusão inevitável, é a parte da libertação, em que a emoção transborda em "Roar" e na escandalosamente house "Lifetimes" (outra boa faixa de "143"), para acabar — como não? — na absoluta "Fireworks", a dos fogos de artifício que anunciam o fim do show, é de mais um The Town.
Mais descontraído e divertido do que o show feito ano passado no Rock in Rio, em meio às pressões do lançamento de "143", o espetáculo de Katy Perrry deu ao povo pop tudo o que queria e ainda mais.

