Fifa critica sindicato mundial de jogadores: 'Escolheu seguir um caminho de confronto público'
Federação Internacional de Associações de Futebolistas Profissionais fez duras críticas ao calendário do futebol
A Fifa se mostrou desapontada com a FifPro (Federação Internacional de Associações de Futebolistas Profissionais), que fez duras críticas ao calendário do futebol, em uma reunião realizada em Amsterdã. Em uma nota publicada nesta sexta-feira, a entidade diz que a FifPro tem priorizado disputas públicas e campanhas midiáticas em vez de se engajar em diálogos produtivos sobre o bem-estar dos atletas.
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Para a entidade máxima do futebol, essa abordagem demonstra que os líderes da FifPro estariam mais preocupados em "preservar suas próprias posições e interesses pessoais" do que em "promover avanços reais para os atletas profissionais". A Fifa também declarou surpresa com a reação negativa da liderança do sindicato.
Durante o comunicado, a Fifa afirmou que se reuniu com diversos sindicatos de jogadores em Nova York no início deste mês e, durante o encontro, anunciou uma série de medidas práticas voltadas à proteção da saúde física e mental dos atletas.
Entre as propostas, destaca-se o descanso mínimo de 72 horas entre jogos, férias obrigatórias de 21 dias por temporada, maior participação dos jogadores em comitês da Fifa, e o fortalecimento de políticas sobre igualdade e combate ao assédio.
Entenda o caso
Em reunião realizada em Amsterdã, a organização mundial que representa os atletas de futebol denunciou a "governança autocrática" da Fifa. A criação do Mundial de Clubes, aumentando o número de jogos disputados pelas equipes na temporada, foi um dos principais temas da reunião desta sexta-feira.
— Os jogadores deveriam participar das tomadas de decisões, mas não é o caso. Os jogadores deveriam ter uma voz ativa nas decisões que definem seu futuro. Esperamos que a Fifa volte a falar conosco, nos reconhecendo como uma voz dos jogadores profissionais — disse Alex Phillips, secretário-geral do FifPro.
A exposição dos atletas a altas temperaturas nos Estados Unidos durante a participação no Mundial de Clubes também foi criticada pela FifPro. O sindicato mundial de jogadores também a falta de períodos adequados de recuperação física e mental.
"O FifPro reafirma seu compromisso com a proteção dos direitos dos jogadores direitos que estão sendo prejudicados pelas políticas comerciais impostas pelo sistema autocrático de governança da Fifa. O calendário sobrecarregado, a falta de períodos adequados de recuperação física e mental, as condições extremas de jogo, a ausência de diálogo significativo e o contínuo desrespeito aos direitos sociais dos jogadores tornaram-se pilares do modelo de negócios da Fifa; um modelo que coloca a saúde dos jogadores em risco e afasta aqueles que estão no centro do esporte", afirma o sindicato.

