Geovanna e Bárbara se classificam para a final do individual geral do Mundial de Ginástica Rítmica
Brasileiras ficam em 13º e 15º, respectivamente, na classificatória, e avançam para decisão que será realizada nesta sexta-feira
Geovanna Santos e Bárbara Domingos, as representantes do Brasil no Mundial de Ginástica Rítmica individual, se classificaram para a final do individual geral, que será disputada nesta sexta-feira, na Arena Carioca 1, no Rio de Janeiro, a partir das 14h30 (com transmissão do Sportv).
Após as apresentações das maças e da fita, nesta quinta-feira, Geovanna avançou na 13ª posição, com 83.500 pontos, e Bárbara, em 15º, com 82.800 pontos. Essa é a primeira vez que Geovanna se classifica para a final do individual geral em um Mundial.
As 18 melhores ginastas na fase classificatória disputarão a final. A pontuação das atletas levou em consideração as três melhores notas entre os quatro aparelhos: arco, bola, maças e fita.
As brasileiras, porém, não disputarão nenhuma final de aparelho. Teriam de terminar entre as oito de cada um. Essas finais serão disputadas no domingo.
— Era essa a nossa meta, o nosso sonho, chegar na final do individual geral — comemorou Geovanna, que foi a primeira ginasta a se apresentar com as maças — Poderia ter feito as duas séries um pouco melhor? Sim, mas mesmo depois do errinho no final da série de maças, eu fui até o final. Não ia entregar o jogo. A série teve uma boa pontuação. Agora meu sonho é ficar entre as melhores do individual geral. Vou entrar com força e garra porque em final tudo pode acontecer.
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Geovanna deixou cair um aparelho no finalzinho da apresentação das maças e fez 27.600 pontos. Bárbara entrou no tablado na sequência e também cometeu dois erros em elementos de risco e por isso teve pontuação mais baixa (25.150).
As brasileiras empolgaram a torcida com músicas nacionais, assim como outras estrangeiras, entre elas a israelense Meital Maayan Sumkin (usou música igual a de Geovanna), a angolana Luana Gomes, a boliviana Mayte Guzman, a italiana Tara Dragas, entre outras.
— Na série da fita, usei o artístico e a galera a meu favor. Foi no Rio que consegui a minha vaga para Tóquio-2020, fui medalhista em Pan-americano e em Brasileiro. Essa Arena me traz lembranças boas — falou Geovanna, que inicia o ciclo de Los Angeles-2028 com o pé direito — A cada competição, a gente fica mais conhecida, aumenta nossa pontuação e chegaremos em Los Angeles-2028 brigando com as potências. O Brasil também é uma potência e 2028 promete.
Na segunda rotação, com a fita, Bárbara teve de ir para o tudo ou nada, uma vez que descartaria a nota das maças. Ela teve de improvisar em um dos momentos, quando um lançamento da fita não saiu como ela gostaria. Ao final deste aparelho somou 27.200 pontos. Geovanna fez 26.800.
— Eu quase morri do coração — disse Bárbara. — A mudança de chave, de uma série para a outra, tem de ser muito rápida. Graças a Deus eu consegui e tive forças. Estou feliz até com o que aconteceu porque me deixou mais forte, me mostrou o quanto eu tenho de acreditar em mim e no meu trabalho. Erros acontecem e está tudo bem. Foi um aprendizado — declarou Bárbara.
Bárbara lembrou que a classificação foi sacramentada com a série mais nova, a que tem apenas dois meses de treino. É que ela e a equipe quiseram trocar o tango de Roxanne pela canção de “Aquele Abraço”, de Gilberto Gil, para “envolver ainda mais a torcida”.
— Mudamos a série de fita em cima da hora e quebramos a cabeça para deixá-la o mais confortável possível para a competição. A gente evoluiu muito e hoje em dia a gente chega e incomoda. Ginástica é feito do dia, pode ser que eu acorde mega inspirada e a gente faça acontecer. O pódio individual geral é difícil, mas não impossível — fala Bárbara.

