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Hélio dos Anjos avalia derrota do Náutico contra o Guarani: "Maior problema foi a bola parada"

Treinador alvirrubro, no entanto, agradeceu o apoio da torcida e demonstrou confiança na retomada das vitórias

Hélio dos Anjos, técnico do NáuticoHélio dos Anjos, técnico do Náutico - Foto: Gabriel França/CNC

O treinador do Náutico, Hélio dos Anjos, comentou sobre a derrota da sua equipe em casa diante do Guarani, pela segunda rodada da fase decisiva da Série C do Campeonato Brasileiro, neste sábado (13), no Recife.

Desfalcado de sua zaga titular, o Náutico teve atuação bem abaixo dos últimos jogos, encerrando uma sequência de 13 partidas sem perder no campeonato. Time com a defesa menos vazada de todas as divisões do futebol brasileiro, com 7 gols - agora nove - sofridos, o Timbu esteve irreconhecível nesta partida.

E a insatisação com a defesa ficou clara no segundo tempo, quando o treinador sacou seus dois zagueiros, improvisando o lateral Igor Fernandes e usando um atleta da base, Índio.
 

 "O Guarani tornou-se muito marcador porque as circunstâncias do jogo favoreceu. Fez gol, eles foram marcar e naturalmente fomos buscar resultado", apontou.

"O maior problema que nós tivemos foi a bola parada. Você tá entendendo? Problema zero com contra-ataque. Nós vamos ter contra-ataque aqui sempre. E nós nos preparamos para isso. Não vi que os gols que nós tomamos foram originados de contra-ataque. Foram lances isolados", avaliou Hélio.

"O primeiro gol nós podíamos ter rechaçado a bola para bem para frente, mas nós jogando para lateral. Eu não vou jogar contra o Guarani sem saber da bola parada dele. Guarani tem esse lateral que eles fizeram aí. No jogo contra a Ponte Preta no segundo tempo eles fizeram umas dez vezes, inclusive, levando zagueiro para área", lembrou.

"Quer dizer, eles estavam atrás de resultado, então nós marcamos essa bola. Nós marcamos essa bola e erramos. E o que me deixou mais chateado é que você errou uma coisa que você não tá acostumado a errar e não concentrou para outra situação que logo em seguida foi a a bola parada", lamentou.

Reação
Apesar da derrota, o treinador enxergou poder de reação dos seus comandados. "Nós relaxamos em dois gols que não estamos acostumados e depois jogamos. Terminamos tão bem o primeiro tempo, porque sentiu um pouco.  Mas a volta para o segundo tempo nós jogamos, como sempre nós jogamos. Contra-ataque vai ter. Você tá entendendo? Mas criamos situações, muitas situações de gol", pontuou.

"Tivemos a penalidade máxima, não fizemos. Se faz com oito minutos de jogo, não quer dizer que a gente ia ganhar o jogo, mas o jogo ficaria com outra feição, naturalmente"

Improviso na zaga
"Igor [Fernandes] por dentro, ele é muito rápido, ele ajuda muito no sentido. O Matheus foi hoje para o sacrifício. O Mateus não era o jogador que eu tinha planos para ele hoje. Ele passou a ser plano para mim ontem, infelizmente, num bobinho, numa brincadeira de aquecimento que a gente faz uma uma rodinha, o Carlinho sentiu a panturrilha", lembrou.

"Foi um um dos jogadores mais fortes nosso no sentido de trabalhar duro, de estar bem preparado sempre. E aí eu tive que envolver o Mateus no jogo, sem as suas melhores condições, mas deu resposta positiva. Eu não tenho que lamentar não, você entende? Já acabou", disse.

"O Ryan também não tava muito legal hoje. Tá entendendo? Então, é natural. Começa a acontecer. Olha, o Guarani tá sem dois zagueiros titulares, que jogaram o tempo todo. Ponte Preta tá sem três jogadores. O Brusque amanhã está sem dois jogadores. É um momento de jogo muito mais competitivo", ponderou. 

"O Igor [Fernandes] de quarto zagueiro, sempre gostei de trazer lateral para ser quarto zagueiro. Está sujeito a Ponte Preta usar um jogador aqui por trás como zagueiro também. E eu acho isso interessante. Eu acho um absurdo o Igor de zagueiro. O Igor de zagueiro é um absurdo. Pode ter certeza que hoje ele passa a ser uma bela opção para mim, porque eu tô com problema. A gente tem problema", antecipou.

Apoio da torcida
"Nós não podemos é achar que a casa caiu, que tá tudo errado, que todo mundo aqui não fez nada. Os jogadores não foram brilhantes na tentativa, descuidaram. A torcida foi brilhante nas suas atitudes. Você terminar um jogo com 15 mil pessoas no estádio e as 15 mil pessoas antes de terminar o jogo, mesmo sentindo que dificilmente a gente ganharia, estavam aplaudindo, estava incentivando. Isso aí que nós temos que levar em conta para fazer uma semana boa", comentou.

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