Seg, 08 de Dezembro

Logo Folha de Pernambuco
Futebol

Náutico: Hélio assume responsabilidade por tropeço, mas não vai "passar a mão na cabeça" dos atletas

Técnico diz que, quem não aguentar pressão, pode "bater o sininho" no Timbu

Técnico do Náutico, Hélio dos AnjosTécnico do Náutico, Hélio dos Anjos - Foto: Gabriel França/CNC

O técnico do Náutico, Hélio dos Anjos, chamou a responsabilidade para si após mais um tropeço do time em casa, no empate em 0x0 com o Brusque, nos Aflitos, pela Série C do Campeonato Brasileiro. Isso, contudo, não indica que ele retirou dos atletas a cobrança pelo resultado. Para o treinador, o grupo precisa aprender a lidar com a pressão. Quem não conseguir, no linguajar do comandante, pode "bater o sininho" (para sair).

Cobrança

“A responsabilidade é totalmente minha. Estou refazendo o elenco em termos de competitividade de treino. Eu também tenho de fazer esse time jogar mais. Eu não vou transferir responsabilidade para o jogador”, iniciou o comandante, antes de ressaltar que os atletas também precisam reagir.

“Vi jogadores com um temor grande de jogo. O retrato deles no treino foi muito superior ao que fizeram (diante do Brusque).  A questão de personalidade, de jogar, de enfrentar dificuldade”, continuou. 

"Quem não aguenta, bate o sininho. Cada um dá o que pode. Daqui a pouco nós podemos ter profissionais que conseguem, no arrocho, desenvolver o trabalho, como nós temos outros que não conseguem. O clima fica hostil", completou.

Camisa

Ainda de acordo com Hélio, falta ao Náutico fazer valer na Série C o peso da tradição do clube.

"O Náutico, na minha visão, é a camisa mais pesada da Série C. Quem é que tem mais títulos do que o Náutico? Se eu não me engano o ABC. Mas e o Brusque? É um título. Nós temos que prevalecer a nossa camisa. Agora não é a camisa que fica lá, estendida no campo, que ganha o jogo. Quem faz a história somos nós", apontou.

Na 18ª posição da Série C, com dois pontos, o Náutico está na zona de rebaixamento da competição. Situação que fez o técnico deixar claro que a cobrança em cima dos atletas vai aumentar.

“Eu não acho que eu tenho que passar a mão na cabeça de ninguém, não. Eu não sou treinador de dizer que, na derrota, a gente tem que ter tranquilidade. Tem que ter cobrança. Eu vejo isso como uma coisa natural. Para mim, pressão no futebol é privilégio. O que me faz crescer profissionalmente é a pressão que eu mesmo faço em mim. Não preciso de torcedor ou alguém para fazer isso”, frisou.

O Náutico volta a campo no sábado (10), contra o Confiança, nos Aflitos. Para o confronto, o time não terá o atacante Paulo Sérgio, expulso diante do Brusque. Bruno Mezenga pode ser o substituto. 

Veja também

Newsletter