Vice-presidente do Sport revela reunião por avanço da SAF
Raphael Campos também comentou a situação da Recuperação Judicial rubro-negra
Desde que assumiu o Sport de forma efetiva, em 2022, o presidente Yuri Romão tem como um dos pilares de sua gestão transformar o clube em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF). Atual vice-presidente do Executivo, Raphael Campos reforçou, nesta quinta-feira (14), em entrevista ao programa Léo Medrado e os Traíras, a importância do projeto para o futuro do Leão pernambucano.
"É o futuro do clube, além de outros projetos estruturantes em pauta. Hoje, houve uma reunião da comissão da SAF, na Ilha do Retiro. A gente, neste momento, fez o BID para que houvesse o consórcio, tanto de modelagem econômica quanto da estruturação financeira disso, como seria esse formato", pontuou.
Ainda de acordo com o dirigente, o possível investidor tem que estar alinhado com o DNA do Sport. Empresas contratadas pela diretoria estão trabalhando, com o objetivo de apresentar o valor de mercado do clube.
"As empresas estão trabalhando, e vão começar a apresentar os resultados de valuation. É o valor que o mercado vai entender que o Sport tem com base nos resultados financeiros, econômicos, de patrimônio e etc. Primeiro, acho que o investidor tem que ter o DNA do clube, um DNA que pregue antes desses números bilionários que têm surgido", salientou Raphael.
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Apesar da atualização do estatuto do clube para uma possível chegada da SAF, o vice-presidente rubro-negro enfatiza que não há prazo definido para Sport ser adquirido por um investidor. Raphael Campos ainda lembra que, em caso de negociação, caberá aos sócios decidirem pelo futuro do clube.
"O Sport está se organizando para ir ao mercado. Entretanto, se não surgir uma proposta alinhada ao que imaginamos para o clube, a SAF não acontece. No final das contas, quem decide é o sócio", reforçou.
Ainda na entrevista concedida, Raphael Campos comentou a situação da Recuperação Judicial rubro-negra. O projeto facilita a vida da cúpula da Ilha do Retiro na busca por investidores. O passivo do clube teve uma redução de 72%, saindo de R$ 396 milhões para R$ 109 milhões.
"Já foi aprovado. Agora é questão do trâmite judicial para a juíza homologar. Os investidores preferem que isso esteja resolvido. Trata-se de um rito burocrático e estimamos que a homologação ocorra em, no máximo, dois meses", explicou.
"Para competirmos neste mundo do futebol moderno e elevarmos o Sport ao patamar que ele merece, não podemos depender apenas de pessoas abnegadas, como eu ou Yuri Romão. O mais importante é a capacidade de profissionalizar o clube integralmente, e trazer um modelo de governança sustentável. É muito mais do que apenas valores investidos", finalizou.

