Violência no futebol: gestores de segurança e do futebol debatem sobre assunto na OAB-PE
Representantes de entidades dialogam antes do jogo da volta da semifinal do Campeonato Pernambucano
A Ordem dos Advogados do Brasil de Pernambuco (OAB-PE) realizou, por meio da Comissão Especial de Prevenção e Acompanhamento de Violência no Futebol em Pernambuco, uma audiência com os principais representantes da segurança e do futebol do Estado nesta terça-feira (11).
Entre os presentes, estavam membros da OAB-PE, Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco, Secretaria de Defesa Social, Defensoria Pública Estadual, Ministério Público, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, direção dos clubes, torcidas organizadas e Federação Pernambucana de Futebol.
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Debate
Na audiência, os gestores apresentaram opiniões sobre a segurança do Clássico das Multidões do próximo sábado (15).
Em decorrência dos casos de violência registrados no Recife, às vésperas do último confronto entre as equipes, pela 1ª fase do Campeonato Pernambucano, foi determinada a proibição de torcidas organizadas nos estádios e a presença de torcida única nos clássicos.
Reforçando essa decisão, o presidente da Federação Pernambucana de Futebol (FPF), Evandro Carvalho, comentou a respeito do posicionamento da entidade.
“Como torcidas extintas e que dolosamente, maliciosamente se transformaram em novas torcidas, elas não vão prosperar, não voltarão mais ao estado. Isso é uma decisão definitiva que envolve poder judiciário, presidência do poder judiciário, Ministério Público, SDS, clubes e Federação. Então, essa possibilidade não existe. O que nós temos que fazer é desconstruir essas torcidas”, ressaltou.
"Independente de ser legal ou não, a posição que nós temos, Poder Judiciário, Ministério Público, Federação, - eu excluo os clubes para não expô-los -, é de que nós não vamos. Se em um dia eu tiver alguma via judicial que me obrigue a permitir o acesso, eu farei. Fora isso, está fora de coordenação", concluiu.
Evandro Carvalho, Presidente da Federação Pernambucana de Futebol | Rafael Melo/Folha de PernambucoO Defensor Público-Geral de Pernambuco, Henrique Seixas, reforçou que busca dialogar sobre a situação a fim de solucionar os problemas de violência no futebol pernambucano.
"A Defensoria Pública faz parte e tem assento nos órgãos da segurança, assim como também o Ministério Público, Tribunal de Justiça e todas as outras instituições aqui mencionadas das polícias, onde já vem dialogando sobre a situação também da violência, não somente no futebol, mas no esporte", ressaltou.

