Hospital Miguel Arraes registra aumento de quase 60% nos sinistros com motociclistas em 2024
Dados são do primeiro semestre deste ano
Referência no atendimento de trauma-ortopedia e cirurgia geral na Região Metropolitana do Recife (RMR), o Hospital Miguel Arraes (HMA) contabilizou, no primeiro semestre de 2024, um aumento de quase 60% no total de notificações de sinistros de trânsito com motociclistas.
O hospital localizado em Paulista registrou 624 casos até junho deste ano contra 391 no mesmo período do ano anterior.
O alerta do HMA vem em alusão à proximidade do Dia do Motociclista, celebrado no próximo sábado (27).
Entre janeiro e junho deste ano, 85,3% dos 624 casos notificados com motociclistas foram de colisões.
O que chama ainda mais atenção da Vigilância Epidemiológica Hospitalar do Miguel Arraes é o percentual de motociclistas socorridos sem carteira de habilitação: mais de 36% dos envolvidos não possuía autorização para pilotar.
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“Além da falta de equipamentos de proteção individuais, como capacete, cotoveleiras e sapatos fechados, estamos lidando também com a imprudência de alguns condutores de motos, que enfrentam o trânsito sem qualquer habilidade e acabam por provocar sinistros muitas vezes fatais”, explica o coordenador de Ortopedia e Traumatologia do HMA, Adauto Telino.
Consoante ao aumento de quase 60% nos registros, houve alta também nos índices de internação hospitalar.

Até junho deste ano, 70,4% dos 624 motociclistas que deram entrada na unidade, o equivalente a 439 pacientes, precisaram ficar internados após 72h no hospital.
Esses pacientes precisam de acompanhamento médico e são, submetidos, muitas vezes, a mais de uma intervenção cirúrgica e que precisam de avaliação médica, numa recuperação lenta, com grande possibilidade de alguma sequela.
Em todo 2023, o HMA recebeu 859 notificações de vítimas de sinistros envolvendo motocicletas.
O número representa 81,5% de todos os casos notificados de vítimas de sinistros de trânsito que deram entrada no HMA.
O perfil não muda, ano após ano: a grande maioria das vítimas é homem (89%), com idade produtiva entre 20 e 39 anos (64%).