AVC em jovens: casos como de Karen Silva, ex-'The Voice Kids', são raros; veja o que fazer
A cantora de 17 anos faleceu na manhã desta quinta-feira (24)
A cantora Karen Silva, ex-participante do reality "The Voice Kids", morreu nesta quinta-feira (24), aos 17 anos, vítima de um acidente vascular cerebral (AVC). Embora o derrame seja uma condição mais comum em pessoas mais velhas, ela pode ocorrer em adolescentes.
O AVC é uma condição que ocorre quando a circulação de sangue para o cérebro é interrompida, impedindo que o órgão receba nutrientes e oxigênio. Essa interrupção no fluxo sanguíneo pode ocorrer por causa de um coágulo (AVC isquêmico) ou por algum sangramento (AVC hemorrágico).
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Em adolescentes, as causas de AVC geralmente incluem condições médicas como distúrbios sanguíneos, problemas cardíacos ou certos medicamentos que aumentam o risco de AVC. Traumatismo craniano ou no pescoço, doença de Moyamoya, distúrbios metabólicos e abuso de drogas também podem ser fatores de risco para a condição nessa faixa etária. ]
Sintomas
Os sintomas de AVC em adolescentes são semelhantes aos de adultos e podem incluir:
Fraqueza ou dormência repentina: especialmente em um lado do corpo.
Problemas de fala: dificuldade para falar ou entender os outros.
Alterações na visão: visão turva ou dupla.
Dor de cabeça intensa: frequentemente repentina e intensa.
Problemas de equilíbrio: tontura ou perda de coordenação.
O que fazer?
Para evitar sequelas ou risco de morte, é essencial procurar atendimento médico imediato. O tratamento se concentra em restaurar o fluxo sanguíneo para o cérebro, e a recuperação geralmente envolve terapias para melhorar a função.
O acidente vascular cerebral (AVC) pode ocorrer também em pessoas jovens, ou seja, abaixo dos 50 anos de idade. Apesar de ser mais comum em pessoas mais idosas, estima-se que, no mundo, cerca de 2 milhões de pessoas entre 18-50 anos sofrem com um AVC anualmente.
A porcentagem de pacientes que ficam com alguma dependência física após um AVC é parecida com a de pacientes mais idosos, porém existe uma carga e impacto importante na população jovem, que é a mais ativa economicamente, geralmente no auge de sua força de trabalho e vida pessoal.
Os fatores de risco vasculares clássicos (diabetes, hipertensão, doença cardíaca, tabagismo, etc…) são cada vez mais comuns nessa faixa etária, aumentando o que chamamos de causas ateroscleróticas para o AVC.
Entretanto, causas mais raras são relativamente mais frequentes nessa faixa etária, e por isso mesmo há uma maior porcentagem de pacientes que terminam a investigação do AVC como de causa indeterminada (sem ter sido descoberta a causa para o AVC).
Isso não deve deixar o paciente apreensivo, pois tendo um acompanhamento com um neurologista experiente ou especialistado em AVC, é possível descartar os motivos de maior risco, mais graves, ou aqueles que ameaçam a vida ou demandam uma intervenção mais invasiva.
Dentre as causas incomuns que podem ser responsáveis pelo AVC em jovens, estão:
Dissecção arterial (lesão traumática em uma artéria que supre o cérebro);
Trombofilias (doenças genéticas ou auto imunes que formam trombos espontaneamente);
Forame oval patente (Um “buraco” no coração misturando sangue arterial e venoso);
Vasculites (inflamação ou infecção dos vasos cerebrais);
Trombose Venosa Cerebral (quando acontece uma trombose em veia do cérebro);
Doenças genéticas que provocam AVC e outras alterações neurológicas ou de outros órgãos (EX: Doença de Fabry, RCVL, mutação da COL4A1 e 2, CADASIL, Moyamoya, etc…);
AVC hemorrágico por rompimento de lesões vasculares, como uma MAV (malformação arteriovenosa), um aneurisma cerebral, uma fístula, etc.

