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Carnaval 2025: Instrumentos feitos por reeducandos serão usados pela bateria Preto Velho de Olinda

Parte do projeto musical Baquearte, que conta com trabalho de 14 detentos, instrumentos estarão nas ruas da Cidade Alta, no Carnaval 2025, com a bateria Preto Velho de Olinda, no domingo (02) e quarta-feira (05)

Carnaval 2025: Instrumentos feitos por reeducandos serão usados pela bateria Preto Velho de OlindaCarnaval 2025: Instrumentos feitos por reeducandos serão usados pela bateria Preto Velho de Olinda - Foto: Divulgação/SEAP

Instrumentos musicais desenvolvidos através do trabalho de pessoas privadas de liberdade (PPLs) do Centro de Ressocialização do Agreste (CRA), em Canhotinho, no Agreste de Pernambuco, estarão nas ruas da Cidade Alta com a bateria Preto Velho de Olinda durante o Carnaval 2025.

A confecção de instrumentos musicais por PPLs faz parte do projeto musical Baquearte, que conta com o trabalho de 14 reeducandos do regime semiaberto. O objetivo é oferecê-los a oportunidade de profissionalização e reinserção no mercado de trabalho por meio da produção e reforma de instrumentos e formação musical.

“Estamos passando por uma transformação e ressignificação do sistema penitenciário de Pernambuco para que as pessoas em privação de liberdade tenham oportunidade de trabalho, de renda e educação. É um projeto que oferece a experiência desde o corte da madeira à afinação do instrumento”, afirmou o superintendente de Trabalho e Ressocialização da Secretaria de Administração Penitenciária e Ressocialização (SEAP), Alexandre Felipe.

Carnaval 2025
Os instrumentos musicais produzidos no CRA pelas PPLs estarão presentes no Carnaval 2025 na bateria Preto Velho de Olinda, que estará nas ruas da Cidade Alta no domingo (02) e quarta-feira (05).

O projeto teve início em setembro de 2024 com o curso Ressocializar com Música, ministrado pelo professor Sérgio Reis, com quem a SEAP mantém um Acordo de Cooperação Técnica. Os reeducandos passaram por aulas teóricas e práticas de beneficiamento do couro animal, fabricação de instrumentos e de iniciação musical, de onde já saíram tocando os equipamentos.

  • Entre os materiais fabricados estão alfaia, pandeiro, repique e tantan. Foto: Divulgação/SEAP.
    Entre os materiais fabricados estão alfaia, pandeiro, repique e tantan. Foto: Divulgação/SEAP.
  • O projeto musical Baquearte, que conta com o trabalho de 14 reeducandos do regime semiaberto. Foto: Divulgação/SEAP.
    O projeto musical Baquearte, que conta com o trabalho de 14 reeducandos do regime semiaberto. Foto: Divulgação/SEAP.
  • Os reeducandos passaram por aulas teóricas e práticas de beneficiamento do couro animal, fabricação de instrumentos e de iniciação musical, de onde já saíram tocando os equipamentos. Foto: Divulgação/SEAP.
    Os reeducandos passaram por aulas teóricas e práticas de beneficiamento do couro animal, fabricação de instrumentos e de iniciação musical, de onde já saíram tocando os equipamentos. Foto: Divulgação/SEAP.
  • O projeto Baquearte teve início em setembro de 2024, com o curso Ressocializar com Música. Foto: Divulgação/SEAP.
    O projeto Baquearte teve início em setembro de 2024, com o curso Ressocializar com Música. Foto: Divulgação/SEAP.

“Todo o trabalho é sem emprego de componente químico, sem emprego de máquinas, tudo manual, artesanal. Os produtos utilizados são naturais, sem adição de solvente, resina, ácidos ou outros produtos que possam afetar a natureza”, ressaltou Reis.

Entre os materiais fabricados estão alfaia, pandeiro, repique e tantan. Os reeducandos são remunerados e têm direito à remição de um dia na pena a cada três trabalhados.

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