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ETA AQUÁRIDAS

Chuva de meteoros Eta Aquáridas segue visível até o fim do mês; saiba como observar

Fenômeno originado dos fragmentos do Cometa Halley atingiu seu pico na última madrugada

Um meteoro Eta Aquáridas passa pelo norte da Geórgia, nos EUA, em 29 de abril de 2012Um meteoro Eta Aquáridas passa pelo norte da Geórgia, nos EUA, em 29 de abril de 2012 - Foto: B. Cooke/MSFC/Nasa

A chuva de meteoros Eta Aquáridas, conhecida por suas estrelas cadentes velozes, pode ser vista no céu noturno até 28 de maio.

O pico do fenômeno, originado dos fragmentos deixados pelo Cometa Halley, aconteceu na madrugada desta terça-feira (6), quando foram vistos até 50 meteoros por hora. 

Os meteoros, que viajam a aproximadamente 66 quilômetros por segundo, têm melhores condições de observação antes do amanhecer. Eles são longos e parecem "deslizar" no horizonte terrestre, frequentemente deixando rastros luminosos persistentes.

A plataforma Time and Date, especializada no registro de fenômenos astronômicos, indica como estará a visibilidade dos meteoros no Recife nos dias em que a chuva estiver ativa. 

Na madrugada desta quarta-feira (7), por exemplo, será boa — confira aqui os demais dias

É importante destacar que as condições meteorológicas também precisam estar favoráveis para permitir a visualização dos meteoros. Nos dias seguintes, no entanto, a luz lunar poderá atrapalhar a visão. 

Segundo o astrônomo Marcelo de Cicco, coordenador do projeto Exoss, apoiado pelo Observatório Nacional, o melhor horário para observação dessa chuva de meteoros é das 2h às 4h, com o olhar voltado para o leste.  

Para observar a Eta Aquáridas, recomenda-se escolher um lugar bem escuro, longe das luzes da cidade. O observador pode deitar-se em uma cadeira reclinável ou outra superfície e olhar para a metade inferior do céu, na direção da constelação de Aquário.

Aplicativos de visualização do céu, como SkyView, Star Walk, Stellarium ou Sky Guide, podem ajudar a localização dos corpos celestes.

No Hemisfério Sul, especialmente em áreas tropicais, a observação é melhor do que no Hemisfério Norte, com noites mais longas e o ponto de origem dos meteoros (radiante) mais alto no céu.  

“Cada meteoro da Aquáridas é um pedacinho do Cometa Halley, que passa pelo Sistema Solar a cada 76 anos. Ao entrar na atmosfera, esses fragmentos queimam e criam os traços luminosos que vemos no céu”, explica o astrônomo.

Chuvas de meteoros
O cometa Halley também é a origem da chuva de meteoros Oriônidas, que ocorre em outubro.

Registros chineses indicam que a Eta Aquáridas foi observada pela primeira vez no início da Idade Média. No entanto, o fenômeno só foi reconhecido como uma chuva de meteoros anual no século XIX. 

Em 1868, o astrônomo Rudolf Falb descobriu a relação entre as chuvas de meteoros Eta Aquáridas com o cometa Halley.

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