Seg, 15 de Dezembro

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Cientistas de Cambridge desenvolvem prótese para mão com 3º polegar; veja vídeo

Ao fazer pressão nos dedos dos pés, o 'dedo extra' se move para fora ou para dentro em direção à palma da mão

"Terceiro polegar" desenvolvido por pesquisadores de Cambridge "Terceiro polegar" desenvolvido por pesquisadores de Cambridge  - Foto: Youtube/Reprodução

Pesquisadores da Universidade de Cambridge, na Inglaterra, desenvolveram uma prótese que adiciona mais um polegar à mão para contribuir no manuseio de objetos. Chamada "terceiro polegar", ela foi criada com os objetivos de aumentar a produtividade de pessoas com 10 dedos e também proporcionar para pessoas com deficiência (PcDs) novas formas de interagir com o ambiente. Os resultados foram publicados nesta quarta-feira (29) na revista científica Science Robotics.

“Estas tecnologias abrem novas oportunidades estimulantes que podem beneficiar a sociedade, mas é vital que consideremos como podem ajudar todas as pessoas de forma igual, especialmente as comunidades marginalizadas que são frequentemente excluídas da investigação e desenvolvimento de inovação", afirma professora Tamar Makin, da Unidade de Cognição e Ciências do Cérebro do Conselho de Pesquisa Médica (MRC) da Universidade de Cambridge, em comunicado.

Em uma exposição com a prótese, a equipe de pesquisadores testou por cinco dias quase 600 participantes, com idades entre três e 96 anos e de diversas origens demográficas. Dentre eles, apenas quatro não conseguiram fazer o uso do equipamento por não conseguirem ajustar na mão ou fazer pressão nos dedos dos pés.

A prótese é utilizada no lado oposto da palma da mão ao polegar biológico. Seu controle é feito por um sensor de pressão colocado sob cada dedão ou pé. A pressão do dedo do pé direito puxa o polegar através da mão, já a pressão exercida com o dedo do pé esquerdo puxa o polegar em direção aos dedos. Desta forma, a extensão do movimento do polegar é proporcional à pressão aplicada e a liberação da pressão o move de volta à sua posição original.

Veja um vídeo feito pelos pesquisadores para ilustrar o funcionamento do objeto:

 

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