'Ele amava a vida', diz mãe de modelo morto após cair de terceiro andar de boate na Lapa
Suede de Oliveira, de 44 anos, chegou a ser socorrido por equipes do Corpo de Bombeiros, mas não resistiu aos ferimentos
A mãe de Suede de Oliveira, de 44 anos, morto na última segunda-feira após cair do terceiro andar da boate Street Lapa, na Lapa, região central da cidade, afirma que o filho era uma pessoa alegre e divertida. O modelo foi socorrido para o Hospital municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio, mas não resistiu.
— Meu filho era muito alegre, ele amava a vida. O Suede era uma pessoa que tratava todo mundo muito bem, estava sempre disposto a ajudar e era extremamente carinhoso. Além disso, ele era bem vaidoso, cuidava bastante da aparência — conta Ednalda Oliveira, de 66 anos.
Segundo a mãe, o modelo buscava terminar a faculdade de Moda e tinha o sonho de atuar na área. Atualmente, Suede trabalhava com a mãe e investia na empresa de decoração de bolos da família. Ednalda afirma que está inconformada e acredita na responsabilização da boate pelo acidente.
— Eu fiquei paralisada quando me contaram a notícia. Os amigos dele falaram que em outra ocasião ele já tinha caído na escada dessa mesma boate, mas não aconteceu nada grave. Alguns relatos que chegaram até a gente dizem que as escadas de lá não têm proteção de corpo. Outras pessoas falaram que o local conta com três andares extremamente fragilizados. O que a gente espera é que um lugar que oferece esse tipo de diversão tenha segurança — destaca Ednalda.
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Um frequentador da casa de festas que estava perto de Suede viu o momento em que ele despencou. De acordo com essa pessoa, que preferiu não se identificar, o modelo estava perto do vão da escada, na saída da pista chamada funk. Ele teria se desequilibrado:
— Primeiro caiu o copo. Ele ainda tentou se escorar e caiu no vão de frente, indo direto para o primeiro andar, na frente do bar. O pessoal que trabalha no bar logo correu para socorrer, os seguranças também. Mas ele já estava desacordado.
O caso foi registrado na 4ª DP (Presidente Vargas) e transferido para a 5ª DP (Mem de Sá), que dará continuidade às investigações. A Polícia Civil informou que diligências estão em andamento para apurar as circunstâncias da morte do modelo.
O delegado titular da 5ª DP, Deoclécio Francisco de Assis Filho, ressaltou que serão ouvidas testemunhas, parentes e amigos; funcionários da boate, socorristas e médicos, para então concluírem se o caso tem viés criminal ou não.

