Metroviários decretam paralisação de 24 horas contra a privatização do Metrô do Recife
Paralisação começará às 22h desta quarta-feira (13) e segue até o mesmo horário da quinta (14)
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Em assembleia realizada nesta quarta-feira (13), na Estação Central, no bairro de São José, no Recife, o Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) aprovou uma paralisação de 24 horas dos profissionais da categoria. A medida começa a valer a partir das 22h e vai até o mesmo horário da quinta (14).
A mobilização, organizada pelo Sindicato dos Metroviários de Pernambuco (Sindmetro-PE) e apoiada pela Federação Nacional dos Metroferroviários (FENAMETRO), acontecerá justamente durante a visita do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, à capital pernambucana, nesta quinta.
A medida faz parte da campanha nacional contra a entrega do sistema metroviário à iniciativa privada, cobrando do Governo Federal investimentos públicos para a recuperação e modernização do metrô, que atende milhares de pessoas diariamente na Região Metropolitana do Recife (RMR).
“Não se trata apenas de uma pauta corporativa. Estamos falando do direito da população ao transporte público de qualidade. Privatizar o metrô é aumentar tarifas, precarizar o serviço e excluir quem mais precisa dele”, afirmou Luiz Soares, presidente do Sindmetro-PE. “O presidente Lula prometeu que o metrô do Recife seguiria público. Nossa luta é para que essa palavra seja honrada”, completou.
Mobilização
A partir desta quinta-feira, a capital pernambucana contará com mais de 20 pontos de mídia externa, entre outdoors e painéis de LED, com mensagens que questionam a postura do Governo Federal e alertam para os riscos de uma eventual privatização, como o aumento das tarifas e a perda de qualidade no serviço.
A assembleia que definiu a paralisação contou com participação da categoria e o apoio de diversas entidades sindicais e movimentos sociais, entre eles a CUT, CTB, CSP-Conlutas, movimentos estudantis e organizações populares. A categoria permanece em estado de greve e novas paralisações poderão ser convocadas a qualquer momento.

