Dom, 07 de Dezembro

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SAÚDE

Procape instala balão intra-aórtico no tórax, técnica inovadora no Norte e Nordeste

Dispositivo auxilia pacientes que foram diagnosticados com insuficiência cardíaca grave

Pronto-Socorro Cardiológico Universitário de Pernambuco Professor Luiz Tavares (Procape)Pronto-Socorro Cardiológico Universitário de Pernambuco Professor Luiz Tavares (Procape) - Foto: Diego Nigro/Folha de Pernambuco/Arquivo

O Pronto-Socorro Cardiológico Universitário de Pernambuco-Prof. Luiz Tavares (Procape-UPE) realizou recentemente a primeira instalação de um balão intra-aórtico (BIA) no tórax do Norte e Nordeste.

O procedimento, considerado inovador, auxilia no cuidado dos pacientes que convivem com a insuficiência cardíaca grave.

O balão intra-aórtico auxilia o coração em seu bombeamento e é visto como essencial para pacientes em estado crítico de insuficiência cardíaca, auxiliando na recuperação.

Tradicionalmente, o dispositivo é inserido na virilha através da artéria femoral. No entanto, isso pode limitar a mobilidade do paciente, mantendo-o restrito ao seu leito de UTI.

No Procape-UPE, o balão pôde ser implantado no tórax pela artéria axilar, de modo “invertido”.

A mudança auxilia que os pacientes realizem atividades como fisioterapia, exercícios ou até caminhem durante o suporte circulatório.

“A iniciativa demonstra os avanços nas pesquisas realizadas pelo Procape, um hospital-escola sempre preocupado com a assistência, mas também com a formação de novos profissionais e o desenvolvimento de técnicas inovadoras, entregando à sociedade novas possibilidades no tratamento cardíaco em Pernambuco”, destacou o diretor do Procape, professor Ricardo Lima.  

A inovação não só melhora a condição física como também permite uma recuperação e uma preparação melhor para o transplante, consolidando o PROCAPE-UPE como referência em terapias avançadas para insuficiência cardíaca no Brasil.

“É uma forma eficiente de uso do BIA como assistência circulatória mecânica bastante custo-efetiva e muito útil para situações onde precisamos evitar ou resgatar o paciente de uma deterioração física que comprometa o tratamento”, pontuou o médico do Procape-UPE Frederico Browne.

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