Rede Muda Mundo ganha nova identidade
Reposicionamento do ecossistema de inovação social e engajamento cívico também inclui mudança nas estruturas de gestão e governança
Com o objetivo de estreitar os laços que unem diversos projetos sociais, a Rede Muda Mundo, que é capitaneada por Fábio Silva - founder e CEO da iniciativa -, apresentou uma nova identidade de marca e estruturas de gestão e governança.
Reunindo mais de 7 mil iniciativas sociais, 4 milhões de horas de trabalho voluntário e a qualificação de mais de 500 líderes há mais de 10 anos, a Rede interliga os projetos Transforma Brasil, Casa Zero, Porto Social, Fábrica do Bem e Novo Jeito. Todos com foco no voluntariado.

Processo de estruturação
Segundo Fábio, a mudança faz parte de um processo de estruturação da empresa.
“Queremos implementar a cultura do voluntariado para todas as áreas da sociedade, unindo poder público, iniciativa privada, terceiro setor e a sociedade civil em busca de um mundo mais justo para todos”, afirma.
Para ele, o grande sonho é que a solidariedade e a generosidade sejam o maior programa de justiça social do Brasil e do Mundo. “Por mais utópico que isso possa parecer, a gente sabe que essa mudança já começou. Basta você olhar pra força que existe nas comunidades, o engajamento de pessoas através de causas, as empresas que mobilizam funcionários e os gabinetes de emergência que unem diversos atores por uma causa maior”.
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Apoios foram fundamentais
Alguns exemplos desse engajamento são os apoios recebidos pelo projeto, entre eles o do embaixador da boa vontade da Uunesco, empresário, filantropo e publicitário Nizan Guanaes, que apontou a potência da união de todas as marcas. Por meio dele, a Rede articulou o apoio da Accenture, empresa global de consultoria de gestão, serviços de tecnologia e outsourcing.
“Estamos no Porto Digital, com 3 mil funcionários no Nordeste, e a gente queria poder impactar mais o território local. Quando Fábio viu a nossa tecnologia para negócios, percebeu que a gente poderia usar todo o know-how que a Accenture tem para promover uma transformação social muito alinhada com as iniciativas que a Rede Muda Mundo vem fazendo”, explica o diretor executivo da Accenture, Luis Fernando Silva.
A partir daí, a empresa assumiu um espaço dentro da Casa Zero e criou seu primeiro Centro de Inovação Social, que oferece qualificações voltadas para o bairro do Pilar e seu entorno. De acordo com Fábio Silva, o momento foi considerado um divisor de águas para a Rede. “Ganhamos inteligência e velocidade, agora temos condições de ter uma escala muito maior”.
Outro apoio considerado fundamental para a nova arquitetura da Rede Muda Mundo enquanto ecossistema social é o das Baterias Moura, por meio do seu presidente do Conselho, Paulo Sales.
“Durante a pandemia, então como presidente do Grupo Atitude, conheci o trabalho de Fábio Silva. Atuamos juntos em algumas ações e vi a capacidade da Rede Muda Mundo em construir projetos, mobilizar e motivar um exército de voluntários”, relata Paulo.
Agora, Sales apoia a Rede por meio de uma mentoria ampla dividida entre os pilares de gestão, governança e arquitetura de marca. "O Grupo Moura viabilizou a estrutura profissional para operacionalizarmos esse apoio e estou coordenando os grupos de trabalho envolvidos”, detalha.
Marca representa consolidação
Entre as mudanças implementadas, o processo de branding e arquitetura de marca, assinado por Ricardo Guimarães e Karina da Fonte, da Thymus Upframing, foi o primeiro a ficar pronto. Segundo Ricardo, a principal necessidade era promover maior clareza sobre o que é a rede, ampliando a compreensão e sua atratividade junto aos diversos públicos envolvidos nas atividades de cada uma das suas soluções.
Processo de amadurecimento
“O posicionamento de uma rede que possui uma só essência e que dela derivam iniciativas focadas no mesmo propósito. A nova marca criada - Rede Muda Mundo (RMM) - é a materialização desse processo de amadurecimento e consolidação do portfólio criado até aqui: Novo Jeito, Transforma, Porto Social, Fábrica do Bem, Casa Zero”, explicou.
Para Karina da Fonte, fundadora da consultoria Uniqlineup, representante da Thymus no Nordeste, o conjunto de diretrizes que compõem a RMM vêm fortalecendo a sintonia interna da organização. “Tudo isso já começa a refletir também nas relações externas, a partir do grau elevado de consciência do time sobre a identidade e valor da RMM”, avalia.
Para o diretor de Relações Institucionais da Neoenergia, João Paulo Rodrigues, a construção da nova identidade referenda um trabalho orientado para o bem comum. “A Rede Muda Mundo culmina das ações concretas e de uma estrutura organizacional reconhecidamente competente. O engajamento social e a credibilidade conquistada ao longo dos anos de atuação impulsionaram a Neoenergia a associar a sua marca a iniciativas como o Transforma Brasil e a Casa Zero”, comenta o executivo.

